Projeto confirmado na visita de Lula à China vai atravessar o país e unir pela terra os 2 oceanos – Atlântico ao Pacífico. Um trem de enormes possibilidades e desenvolvimento para o Centro – Norte-Nordeste e do país.

Jose Manoel Ferreira Gonçalves

Guarujá, São Paulo – 23/05/2025
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Já no dia 26 de março de 2025, durante a segunda visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, foi anunciado, em cerimônia conjunta com o presidente chinês Xi Jinping, o avanço concreto da Ferrovia BiOceânica.

O projeto estratégico visa conectar o Oceano Atlântico ao Pacífico. Por meio de uma infraestrutura ferroviária integrada entre Brasil, Peru e outros países sul-americanos. Portanto, o encontro dos dois líderes consolidou esse compromisso.

A ideia da Ferrovia BiOceânica não é nova. Discutida desde a década de 2010, ela busca resolver um problema crônico da economia brasileira: a baixa competitividade logística no comércio internacional. Atualmente, cerca de 70% das exportações brasileiras seguem por rotas marítimas que passam pelo Canal do Panamá, uma rota longa e cara.

[N.E.: Obviamente, o governo Trump dos EUA vê a iniciativa como uma afronta a hegemonia norte-americana sobre o comércio local.]

Este anúncio marca uma nova fase nas relações sino-brasileiras. Portanto, reforça o papel central da China como parceira comercial e investidora no setor de logística brasileiro. O objetivo é reduzir custos logísticos e acelerar o escoamento de commodities agrícolas e minerais. Entretanto, o projeto visa também a integração no contexto mais amplo da disputa global por influência geoeconômica na América Latina.

Gigante operacional

A nova ferrovia pretende oferecer uma alternativa direta. Vai ligar regiões produtoras do Centro-Oeste e Norte do Brasil ao porto de Chancay, no Peru, operado pela estatal chinesa COSCO Shipping Ports com sede em Hong Kong. Assim, este terminal, inaugurado em 2024 após investimento inicial de US$ 1,3 bilhão, tem capacidade para processar 1 milhão de contêineres e 6 milhões de toneladas de carga solta por ano, podendo ser expandido futuramente.

Acesse este site e entenda melhor os impactos ambientais, sociais e econômicos deste projeto de ferrovia.

Profº. Dr. Eng. José Manoel Ferreira Gonçalves – Presidente da Ferrofrente e Associação Água Viva – Guarujá/Vicente de Carvalho

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