A Invisível CPLP
- outubro 9, 2020
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“A violenta invisibilização da lusofonia no Brasil tem relação direta com uma deformação identitária produzida pela elite nacional e que remonta à Colônia.
“A violenta invisibilização da lusofonia no Brasil tem relação direta com uma deformação identitária produzida pela elite nacional e que remonta à Colônia.
Livro discutirá como e o porquê da rejeição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – A invisível CPLP no Brasil.
Redação
São Paulo, 09/10 de 2020.
1 Minuto
Uma longa investigação sobre os primeiros 20 anos de existência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) revelou que ela esteve invisível no Brasil, o maior país lusófono do mundo.
O resultado dessa pesquisa, parte de uma tese de doutorado, está no livro A comunidade invisível: jornalismo, identidades e a rejeição dos povos de língua portuguesa no Brasil, do jornalista, mestre e doutor em Comunicação Social, Cristian Góes.
O livro discute o regime de (in) visibilização no jornalismo; evidencia o debate sobre a língua portuguesa, a comunidade e as tensões da globalização.
Apresenta vários dados e gráficos da investigação que constatou o apagamento da CPLP no Brasil a partir do silenciamento promovido dos dois maiores jornais brasileiros, Folha de São Paulo e O Globo.
O livro aponta, de modo detalhado, os porquês de o Brasil rejeitar os vínculos com os povos de língua portuguesa.
Esse processo estruturou o racismo na sociedade brasileira de modo a impedir quaisquer possibilidades de vínculos com os povos e países lusófonos, grande parte africanos.
“O mais grave é que esse apagamento evita que os brasileiros se enxerguem no espelho”, analisa Cristian Góes.
A CPLP é formada por oficialmente por nove nações: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste. Neles, o português é idioma oficial.
Há também outros países e regiões, a exemplo da Galiza, na Espanha, onde a língua portuguesa tem influência decisiva.
“O problema não é a CPLP, muito pelo contrário. Ela é a solução.”
“A existência visível no Brasil de uma comunidade identitária lusófona seria fundamental para fomentar a ideia real de uma pertença a um conjunto de povos com fortíssimos troncos históricos e de identidade entre nós.”
A comunidade poderia ser um lugar privilegiado de reencontro do Brasil com o Brasil, mas, infelizmente, grande parte da elite nacional busca apagar esses vínculos”, avalia Cristian Góes.
Para Elton Antunes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o livro “trata da nossa responsabilidade política com pensamentos e práticas pós-coloniais”.
O professor da Universidade do Minho (Braga/Portugal) Vítor de Souza, afirma que Cristian Góes evidencia que “a lusofonia deve ser vista como uma possibilidade intercultural, transcultural, crítica e inclusiva, em oposição à globalização cosmopolita”.
O livro, que está sendo editado pela Ponte Editora, localizada no Funchal, Ilha da Madeira, tem 160 páginas e será lançado na primeira semana de dezembro próximo.
Todo recurso arrecadado com a venda do livro A Comunidade Invisível será revertido para abater o pagamento de uma indenização judicial.
O autor teve que pagar multa a um desembargador do Tribunal de Justiça no Estado de Sergipe/Brasil.
José Cristian Góes – Jornalista profissional (Universidade Tiradentes), Ms em Comunicação Social (UFS), Dr. em Comunicação e Sociabilidade pela UFMG, e Universidade do Minho, em Braga/PT.
Especialista em Gestão Pública e em Comunicação na Gestão de Crise. É investigador no Lab. de Jornalismo (Lejor) da UFS, editor em A Pátria (jornal da comunidade científica de língua portuguesa) – Colabora para o BRmais (Alemanha) e O Kwanza (Angola).
Foi condenado no Brasil por ter escrito uma crônica ficcional, sem nomes de pessoas ou lugares.
Mais detalhes sobre esse caso está no documentário produzido pelo Aritgo19: https://www.youtube.com/watch?v=BWqd7oa-O0s
Obrigado pela divulgação. Também estou aberto ao bom diálogo.
É mais um dos múltiplos episódios de agressões à Liberdade, proveniente dessa entidade terrorista, que é o estado brasileiro. Um estado governado por perigosos cristãos fanáticos de extrema-direita, que ocupa metade do continente sul-americano, ao serviço de uma casta de criminosos latifundiários, dotados da sua guarda pretoriana: policia militar brasileira.
Viva Liberdade, morte ao brasil