09/06/2025
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A Superação da Velha Ciência Econômica

  • maio 30, 2025
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e a revisão pela Nova Ciência Econômica de modo mais abrangente Fernando Nogueira da Costa Campinas, São Paulo, 07/05/20254.7 Minutos. Economistas com formação atualizada devem obter uma visão

A Superação da Velha Ciência Econômica

e a revisão pela Nova Ciência Econômica de modo mais abrangente

Economistas com formação atualizada devem obter uma visão holística da Nova Ciência Econômica. A integração dessas abordagens permite visualizar a economia como um sistema adaptativo complexo, a partir de princípios sólidos.

*Princípio sistêmico:
Implicação para a política fiscal e monetária
*Racionalidade limitada:
Expectativas são voláteis, não só racionais
*Instituições moldam conduta:
Regras fiscais importam menos diante a legitimidade e funcionalidade institucional
*Inovação é não linear:
Estado é necessário para criar coordenação de longo prazo
*Sistemas são interdependentes:
Cortes locais em potências econômicas causam rupturas globais
*História importa (path dependence):
Políticas devem considerar trajetórias, não apenas estados finais

A formulação da Nova Ciência Econômica

Capturar de modo crítico a narrativa dominante de parte da ortodoxia macroeconômica contemporânea. Em especial a vertente neoclássica fiscalista só capaz de defender uma cadeia linear (e autojustificada ideologicamente com o laissez-faire neoliberal). Para muito além da causalidades como solução universal para os problemas macroeconômicos.

Essa sequência, ao estilo de “modelo de confiança do hipotético investidor racional”, pressupõe uma lógica mecanicista, na qual o corte de gastos públicos iniciaria uma série virtuosa de ajustes automáticos via expectativas, levando ao “equilíbrio ótimo”! (n.e.: cá entre nós uma balela que engana trouxas!)

Epistemologia das frações constituintesdissecando as partes do modelo falido

A “sequência fácil e milagrosa” do mainstream fiscalista segue a seguinte ordem causal dedutiva-racional. No “vício ricardiano” de ir diretamente da Teoria Pura às decisões práticas, sem passar pelo nível menos abstrato da teoria aplicada. Neste se examinaria inclusive a viabilidade política, o impacto social e a reação comportamental heterogêneas dos distintos agentes econômicos.

Mercado de Capitais raquítico se limita às empresas de maior porte (2)

Entre saltos e retrocessos especialmente no setor acionário, que segue a dinâmica do ciclo de juros no Brasil, o mercado de capitais ganhou musculatura em 25 anos e se fortaleceu como um polo nos países emergentes para investidores estrangeiros, mas ainda não se mostrou como opção de captação para empresas de todos os portes.

Entre companhias de capital aberto, o número ainda patina – Foi de 495 em 2000 para 422 hoje.

Mesmo sem avanço do número total de empresas listadas, o investidor estrangeiro passou a especular no mercado brasileiro. Prova disso é que o volume médio diário negociado na bolsa registrou avanço, com mais investidores provendo liquidez, indo de R$ 965 milhões, em janeiro de 2000, para chegar hoje em R$ 25,7 bilhões.

Já no mercado de renda fixa, os números não deixam dúvidas sobre a expansão: as emissões superaram
no ano passado R$ 712 bilhões, aumento de quase seis vezes desde 2012, ano de início da série histórica.

As gigantes brasileiras do começo do novo milênio sobreviveram a um período abalado por bolhas financeiras, crises econômicas, escândalos políticos e empresariais sem perder a majestade. Houve quebradeira como consequência de fraudes contábeis, corrupção e má gestão, mas as grandes SAs mantiveram-se firmes na ponta, não sem alguns tropeços.

Riqueza e subrepresentações.

Nos últimos 25 anos, o perfil das maiores empresas de capital aberto por valor de mercado pouco mudou, com as privatizações reduzindo a participação estatal no principal índice da bolsa (Ibovespa), enquanto o peso continuou concentrado em materiais básicos e bancos.

O mercado de ações não é um retrato fiel da economia do país, com setores importantes da economia, como o agro, ainda sub-representados. No entanto, um índice de 57 anos como o Ibovespa é uma referência importante não só para investidores, como também para quem quer entender o que aconteceu na economia brasileira neste quarto de século.

Fernando Nogueira da Costa – Profº Dr. Titular de IE UNICAMP

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