Antes que o Céu Desabe
- fevereiro 14, 2024
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Essa ideia de sustentar o céu com a linguagem é inspirada nas falas de Davi Kopenawa...
Essa ideia de sustentar o céu com a linguagem é inspirada nas falas de Davi Kopenawa...
Redação
São Paulo, 14/02/2024
1 Minuto.
A separação ideológica de “humanidade” e “natureza” (que – através de mecanismos analisados no livro – rebaixa o feminino e o telúrico e expulsa incontáveis povos do que decide ser humano): eis um dos mitos da imaginação ontológica “exterminadora do futuro” que nos trouxe à emergência climática.
Essa é uma das reflexões em Antes que o céu desabe, livro escrito a partir de questões já presentes no curso Morfologia do Profano, de 2019, no qual a autora dialoga acerca da relação entre linguagem, cosmovisão e as crises contemporâneas.
“Àquela época, falamos do convite a “profanar o improfanável” de Giorgio Agamben, quando retoma o sentido de profanar como devolver ao comum aquilo que foi separado para o uso restrito.
Um exemplo desse gesto profanador, dissemos então, seriam as gangorras na divisa entre os Estados Unidos e o México. Um protesto silencioso e ativo de Virginia San Fratello e Ronald Rael contra o muro defendido por Donald Trump.
Desta maneira, naquele curso, que incluí na série Cartografias do Possível, tive como aluna a querida Ângela Okano, e ela me propôs uma escrita dirigida especialmente à crise climática.
Portanto, ficou evidente que o livro seria também audição afetiva das linguagens originárias que sustentam o céu. Essa ideia de sustentar o céu com a linguagem é inspirada nas falas de Davi Kopenawa em A queda do céu: palavras de um xamã yanomami.”
Neste link (clique aqui) encontra-se um brevíssimo resumo deste trabalho, disponível no link:
O livro conta ainda com comentários de Ana Rüsche, Ângela Okano, Laura Navarro e Victor Grizzo.
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Assim sendo, desejo a quem vier uma excelente leitura!
Maiara Gouveia.
Ref do livro: GOUVEIA, Maiara. Antes que o céu desabe. São Paulo: Editora Minimalismos, 2024.
Grata pela divulgação e a parceria!