Aprendizado X Grau de Escolaridade Brasil
- maio 10, 2025
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Sem apoiar o professor na base - F1 - F2 - EM - com salário digno, condições de trabalho, estruturas coerentes, formação continuada - Não haverá futuro.
É no ensino básico, nos primeiros anos que se deve ensinar e bem os conceitos fundamentais de Matemática e de Língua Portuguesa (brasileira). Portanto, na sequência do Fundamental I e II devem ser aprofundados até os anos finais do ensino médio. Missão inadiável para pedagogos e professores em todos os estados do Brasil, em todas as cidades…
Campinas, São Paulo – 10/05/2025
Nunca tantos brasileiros tiveram diploma. Porém, nem por isso o país se tornou significativamente mais produtivo. Entretanto, o nível de aprendizado, apesar de alguns avanços, não acompanha o crescente grau de escolaridade da população.
Na rede pública de ensino, no terceiro ano do ensino médio, a parcela dos jovens com conhecimento adequado em matemática não passa de 5,2%. Em língua portuguesa é de 32,4%. Estes dados mostram os resultados das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2023, compilados pela ONG Todos pela Educação.
Em avaliações globais o cenário é parecido. O Programa Internacional de Avaliação de Estudante (Pisa), realizada a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nos mostra que:
Com alunos de 15 anos de escolas públicas e privadas, o Brasil ficou em 65º lugar em matemática, 62º em ciências e 52º em leitura no ranking de 81 países, atrás de Chile, Uruguai e Colômbia, por exemplo.
Enfim, os últimos resultados foram semelhantes aos das quatro edições anteriores. As estatísticas referentes à escolaridade são mais positivas. De 1981 a 2024, a participação da população adulta com formação universitária saltou de 3% para 20%.
Assim temos um avanço significativo, ainda que bem aquém da parcela de 40% da média da OCDE, destaca o economista Naercio Menezes Filho. Ele é professor titular do Insper e professor associado da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
No mesmo período, a proporção daqueles que concluíram pelo menos o ensino médio cresceu mais que quintuplicou, de 11% para 56%. Contudo, e apesar disso, a produtividade dos trabalhadores do Brasil avançou só 10,7% nesses 43 anos. “Deve-se à predominância de serviços urbanos “de um produtor para um (ou poucos) consumidor(es).”
Fernando Nogueira da Costa – Profº Dr. Titular do IE UNICAMP
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Complementares:
Orçamento TCU
Orçamento Estado de São Paulo
Orçamento Cidade de São Paulo (veja em Transparência – Despesas – gráfico)
Salários dos professores
