Arquétipos e Charlatães
- fevereiro 2, 2024
- 0
O perigo de julgar livros pela capa levou ao desenvolvimento de dobbermans e pitbulls com fins específicos e determinados.
O perigo de julgar livros pela capa levou ao desenvolvimento de dobbermans e pitbulls com fins específicos e determinados.
Redação
São Paulo, 02/02/2024
1 Minuto.
Retratista “especialista em arquétipos” explica como eles podem ser usados para construir uma identidade forte e coesa.
Durante uma certa época as feições humanas eram utilizadas para definir o caráter/personalidade das pessoas. Embora sejam diferentes é comum as pessoas confundirem estas as duas coisas. Fisiognomonia é um tipo de estudo sem comprovação científica, baseado em técnicas de reconhecimento facial que pretende, de modo reducionista revelar estas condições/conceitos intrínsecas ao ser humano.
Nazistas teóricos defendiam (desde o século XX), a pureza ariana a partir de preconcepções pseudocientíficas espalhadas pela Europa e américas. Buscavam entre as avaliações e medidas antropométricas, o modelo perfeito de rosto/corpo. A distância entre os olhos, o tamanho do nariz, as maçãs da face, a largura/altura da testa, tamanho de orelhas e olhos, além da cor da pele, dos cabelos, para justificar o tipo ideal do homem e da mulher alemã. Ideologicamente buscavam uma forma de justificar a eliminação daqueles que estivessem fora destes padrões.
Podemos imaginar que, como disse o filósofo, “a técnica ajuda a prever o quanto as variações da bolsa de valores de Nova Iorque influenciam no surgimento de espinhas atrás do pescoço”.
Os arquétipos são padrões universais de pensamento, símbolos e imagens que residem no inconsciente coletivo. São impressões tidas a respeito de algo ou alguém de maneira inconsciente. Herdados e partilhados por todas as culturas ao longo da história, eles representam aspectos da experiência humana e podem ajudar a comunicar valores, propósitos e diferenciais.
De acordo com Leonardo Queiroz, retratista, formado em PNL e especialista em arquétipos, explorar a compreensão dos arquétipos pode ser crucial para construir uma identidade forte e coesa, tanto pessoal quanto empresarial. “Tudo comunica: a postura, a expressão, os detalhes. E os arquétipos podem ser utilizados para comunicar valores, propósitos e diferenciais de forma consistente. Entretanto, são só representações simbólicas de ideias, emoções e experiências”, explica.
Um dos arquétipos mais utilizados atualmente é o do mago. “Ele tem como objetivo principal converter sonhos em realidade, assim como usar sua experiência e autocura para curar outras pessoas.
Ele desempenha um papel de mentor ou guia, fornecendo transformação às pessoas que chegam até ele”, explica.
Portanto, segundo Leonardo Queiroz, o arquétipo do mago é voltado às pessoas que causam impacto e ajudam outras pessoas a alcançar o extraordinário, sendo ele próprio um exemplo de quem faz uso do arquétipo.
“Podemos citar algumas marcas que também utilizam o arquétipo do mago. É o caso de Walt Disney e Red Bull”, exemplifica.
Outro arquétipo interessante, de acordo com o especialista, é o rebelde. “Ele representa o indivíduo que desafia normas estabelecidas. Desta forma, mostra que busca a mudança, a liberdade e a independência. Pode representar revolução”, afirma o retratista. Entre as marcas que utilizam o arquétipo que cita estão Harley Davidson e Diesel.
Importa entender que, ao passar uma imagem, todos os detalhes são fundamentais. “Um retrato que busca aproveitar a força de um arquétipo precisa levar em consideração todos os detalhes. Portanto, a postura e a expressão, por exemplo, comunicam mais do que as pessoas imaginam, por isso, para construir uma identidade forte é preciso considerar a forma de comunicar. Assim, inicialmente, o público só tem acesso ao mundo exterior de alguém, por isso o posicionamento de imagem é extremamente importante”, finaliza.
Leonardo Queiroz – Fotógrafo retratista – PNL