As 5 Leis do Livro – de todos
- abril 18, 2025
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Grandes livros, grandes personagens, histórias e lugares ligados a eles confinados ao tempo. Bibliotecas são templos do conhecimento. Frequente-as.
Grandes livros, grandes personagens, histórias e lugares ligados a eles confinados ao tempo. Bibliotecas são templos do conhecimento. Frequente-as.
Redação
São Paulo, 18/04/2025
3,4 Minutos.
A biblioteconomia é um curso universitário oferecido por boas faculdades em diversos estados do país. Quem já esteve em uma biblioteca de verdade sabe o enorme trabalho necessário para não só para a organização. Fundamentalmente, a manutenção dos acervos, sistemas de classificação das obras, controle de acessos, retiradas e devoluções, a arquitetura organizacional que deve ser precisa, funcional.
A razão é simples. Uma biblioteca guarda um tesouro. Não só do conhecimento acumulado que viaja através dos tempos, e nos traz e nos conduz através de viagens atemporais, mas também porque algumas obras são tão bem construídas/escritas, o material, o conteúdo total de um livro (toda arte nele contida, resultado de ciência, pesquisa,) enfim, tudo o que está contido e conforma o continente de saberes que carrega.
Um livro é uma pequena caixa de informações, como um arquivo vivo que cruza o tempo carregando mensagens, informações, sem as quais jamais teríamos chegado à IA ou aos big data centers.
Entretanto, para chegarem até nós e seguirem seu percurso rumo ao futuro longínquo, ele precisa de cuidados. É isso que as bibliotecas fazem. Cuidam para que sua travessia seja a mais segura possível. Assim, por conta disso, foram criadas regras e normas.
Dentre as tantas destacamos as leis de Ranganathan* (Índia 1930/32). Elas são a base para toda a biblioteconomia desde então, e esta afirmativa de Ranganathan se perpetua até hoje. Podem ser resumidas da seguinte forma:
1) Os livros são escritos para serem lidos – o livro é um meio que impulsiona o conhecimento. E podemos observar a importância de uma biblioteca na seguinte frase: “quem tem informação, tem poder”. Aponta para o livro como um meio e não como tendo um fim em si. Em relação às bibliotecas, de nada adianta tê-las cheias de livros senão se dá o acesso à informação.
2) Todo leitor tem seu livro – o bibliotecário deve fazer o estudo dos usuários, observando a clientela para preparar o acervo. Aponta para a seleção conforme o perfil do usuário.
3) Todo livro tem seu leitor – refere-se a disseminação da informação, em que se deve divulgar os livros existentes em cada biblioteca. Aponta para a importância da divulgação do livro, sua disseminação, antecipando a estética da recepção.
4) Poupe o tempo do leitor – a arrumação e catalogação dos documentos diminui o tempo necessário para encontrar a informação desejada. Aponta para o livre acesso às estantes, o serviço de referência e a simplificação dos processos técnicos.
5) Uma biblioteca é um organismo em crescimento – o bibliotecário deve controlar esse crescimento, verificando qual a informação que está sendo usada, através de estatísticas da consulta e empréstimo. Decorre da explosão bibliográfica que exige atualização das coleções e previsão do crescimento da área ocupada pela biblioteca.
[N.E.: Shiyali Ramamrita Ranganathan (nasceu em 9 de agosto de 1892 em Sirkali, Tamil Nadu – e faleceu em 27 de setembro de 1972, Bangalore, Índia), foi um matemático e bibliotecário da Índia, considerado o pai da biblioteconomia no país.]
Referências para ampliar seu conhecimento
Ranganathan, S. R. (2006). <<The five laws of library science >>(em inglês). P. S. Sivaswamy Aiyer, W. C. Berwick Sayers, Sarada Ranganathan Endowment for Library Science. New Delhi [India]: Ess Ess Publications. OCLC 76884451
Targino, Maria das Graças (abril de 2010). «Ranganathan continua em cena». Ciência da Informação: 122–124. ISSN 0100-1965. doi:10.1590/S0100-19652010000100008. Consultado em 29 de março de 2023
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