Bolsa Família e apostas
- outubro 5, 2024
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"Tá comendo 'vrido', filho? Não pai, tô mordendo 'preda' d'água!" Esse era um versinho de uma música popular que cantava a miséria das famílias no Brasil lá pelos
"Tá comendo 'vrido', filho? Não pai, tô mordendo 'preda' d'água!" Esse era um versinho de uma música popular que cantava a miséria das famílias no Brasil lá pelos
Das diversas questões a serem levantadas a partir da inclusão das pessoas na linha da miséria no programa governamental Bolsa Família, uma merece o destaque. É preciso atentar para entendimento do ponto de vista psicossocial mais abrangente.
A pergunta é: por que os beneficiados do projeto de resgate social Bolsa Família são atraídos por algo que não os leva a lugar algum, um jogo de sorte/azar que não paga impostos (e se pagar, será que os valores podem ser utilizados para melhorar o projeto de ajuda aos necessitados?). Até então os bets (jogos de apostas online) apenas os levaram a um looping infinito de desgaste econômico.
Qual a ilusão que o grupo possui em “investir” o Bolsa Família ao objetivar receber um benefício maior através de jogos simulados por caça-níqueis ao nível digital? Seria um distúrbio mental? Uma epidemia global? Por que o uso indiscriminado (descontrolado?) do benefício público está gerando déficits econômicos na balança estatal?
Entretanto, e segundo a própria administração pública federal, o benefício seria para suprir as necessidades alimentícias das famílias em situação de pobreza extrema e insegurança alimentar.
Porém, os dados do banco central (ver: BC estimou gastos familiares com BETs) apontaram uma superficialidade na aplicação dos recursos destinados.
Por isso, tornou-se necessária a criação de uma ferramenta de fiscalização, a fim de orientar e conscientizar as pessoas sobre as vulnerabilidades psicossociais – econômicas dos beneficiários.
Seriam os jogos de azar os “pick pockets” digitais? Em são Paulo, temos os batedores de celulares, geralmente em duplas motorizadas e armadas, sem receio de atirar. A vida alheia de nada lhes vale, e talvez nem a própria. Assim, como faremos para reverter esta situação? Desta forma, uma vez constatada pelo BC e pela PF e MP, seria uma solução criar vetores terapêuticos para dirimir a problemática da má administração do Bolsa Família?
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL da Presidência da República
Jennifer Fedora Wolf – Pesquisadora e Cientista de Dados
[N.E.: Entretanto, algumas consultorias sérias dizem que o BC superestimou os gastos familiares de quem recebe o Bolsa Família com apostas Bets e jogos de azar online.]