30% das empresas que pegaram empréstimo no último ano são lideradas por mulheres. Levantamento mostra que os setores que mais possuem mulheres em cargos de liderança são da educação, saúde e alimentação.

Redação

São Paulo, 27/07 de 2021

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A criação de um negócio próprio tem sido a opção de renda ou oportunidade na carreira para muitas mulheres. De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor, as mulheres empreendedoras já somam mais de 30 milhões no Brasil. Dentro desse contexto, segundo um levantamento feito pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para pequenas e médias empresas, 30% das empresas que pegaram empréstimos na empresa no último ano têm uma mulher como sócia majoritária.

A pesquisa aponta, ainda, que os principais segmentos em que as empreendedoras aparecem são da educação, saúde e alimentação. Em contrapartida, os setores de indústria automotiva, têxtil e saneamento básico são os que apresentam menor atuação das mulheres.

Já os estados com menor participação de empresas com mulheres como sócias majoritárias são Acre, Bahia e Amazonas. Para Vanessa Medeiros, head de produtos da BizCapital, um dos motivos que justifica o baixo número de mulheres empreendendo é a dupla ou tripla jornada de trabalho, encarada por muitas delas.

“Abrir um negócio não é tarefa fácil para qualquer pessoa, mas, para as mulheres, esse desafio pode incluir preconceito, falta de apoio, dupla jornada e insegurança. Mesmo assim, essa alternativa tem transformado a vida de muitas brasileiras, seja por necessidade, por garantir independência financeira ou por proporcionar realizações profissionais”, afirmou Medeiros. No Brasil – 30 milhões de Mulheres empreendedoras é um número considerado baixo.

Buscando entender mais sobre o perfil das mulheres empreendedoras, a BizCapital aponta que a maioria das sócias majoritárias que pegaram empréstimos têm de 30 a 40 anos (34%), enquanto cerca de 26% tem de 40 a 50 anos.

Medeiros conclui afirmando que o empreendedorismo feminino contribui para a diminuição da desigualdade de gênero e no rompimento de barreiras sociais. “O ponto mais latente é o fato de que ainda somos, desde crianças, menos estimuladas a entender de assuntos como finanças, negócios e liderança.

Somos ensinadas culturalmente que determinadas áreas são destinadas para homens e isto reflete em nossas escolhas. Por isso a importância de lutarmos contra esse tabu e incentivarmos as mulheres a atuarem na área em que quiserem”, completa a executiva.

BizCapital – fintech brasileira que nasceu em 2016, oferecendo crédito para pequenas empresas