“We live in a world which is characterized by volatility, uncertainty, complexity and ambiguity” VUCA*¹

Thomas Wallner & Gerold Wagner
Logistikum, University of Applied Science Upper Austria (Austria)

São Paulo, 17/06 de 2020.

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4.0. Esse código foi inicialmente usado para marcar a mudança disruptiva, que ocorre na indústria de manufatura, através da aplicação generalizada da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), cunhando o termo Indústria 4.0.

Desde então, o 4.0 foi aplicado a muitos outros campos, que são igualmente afetados pelas rápidas mudanças que estamos enfrentando no mundo de hoje em geral, como o Work 4.0 ou Healthcare 4.0, o que você quiser.

Educadores e acadêmicos terão de enfrentar as mesmas mudanças e fazer e sofrer as adaptações necessárias (muitos de nós ainda não estão dispostos a aceitar esse fato/desafio em toda sua extensão).

Ao repensar a educação para enfrentar esses desafios futuros, se queremos preparar nossos alunos para o futuro alguns princípios paralelos aos da indústria 4.0 devem ser considerados.

Anota aí: TICs – Computadores na rede www, Mobiles, Impressoras 3D, robótica, 5G, IA, Virtual life, Big Data, Home Office,  etc…

Para ter sucesso no esforço de preparar nossos alunos para o futuro, sugerimos considerar as seguintes proposições:

1) A complexidade que encontramos no mundo “externo” se reflete em todos os aspectos de nosso trabalho acadêmico.

2) Só podemos responder efetivamente à complexidade com complexidade. Lembre-se da lei de Ashby da variedade necessária*²?  

3) Para criar a variedade necessária dos processos de aprendizado em nossas universidades e escolas podemos desenvolver a auto-organização, tanto no nível individual quanto no coletivo (equipe e classe).

4) É um pré-requisito para o desenvolvimento frutífero da auto-organização que os alunos definam seus próprios objetivos de estudo. 

5) Nossos desafios futuros são cada vez mais interdisciplinares e transdisciplinares.

6) Os processos de aprendizagem individuais requerem avaliações individuais.

7) As informações de que nossos alunos precisam são abundantes e estão disponíveis em todos os lugares (livros, artigos, mecanismos de busca, blogs, MOOCS*³ etc.).

8) Transformar as informações disponíveis em conhecimentos úteis individualmente requer um metaconhecimento e habilidades metodológicas confiáveis.

9) ) O e-learning está morto. Viva a aprendizagem WE.

10) A transferência de conhecimento em palestras tradicionais de um para muitos não gera esse valor agregado. Pesquisas mostram que as palestras tradicionais são menos eficazes do que o aprendizado ativo em termos de taxas médias de reprovação e reprovação.

Thomas Wallner & Gerold Wagner
Logistikum, University of Applied Science Upper Austria (Austria)

¹* VUCA – “Vivemos em um mundo caracterizado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.”

(https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2389563 – Harvard Business Review, January–February 2014 Issue, 5 13, 2016, or from: https://hbr.org/2014/01/what-vuca-really-means-for-you

²*https://homepages.dcc.ufmg.br/~angelo/webquests/metaforas/webquestmetaforas40.html  

³*https://www.ufrgs.br/bibpsico/2018/02/o-que-sao-moocs-massive-open-online-courses/