Década Internacional de Afrodescendentes
- janeiro 10, 2020
- 0
No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas
1 MIN DE LEITURA
A campanha
Reafirmando o compromisso de implementação da Década Internacional de Afrodescendentes, ( https://www.decada-afro-onu.org/ ) o Sistema ONU Brasil lançou no Mês da Consciência Negra de 2017, a campanha nacional “Vidas Negras”.
A iniciativa busca ampliar, junto à sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais, a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no país.
O objetivo é chamar atenção e sensibilizar para os impactos do racismo na restrição da cidadania de pessoas negras, influenciando atores estratégicos na produção e apoio de ações de enfrentamento da discriminação e violência.
No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% para os não negros, entre os negros houve aumento de 18,2%.
A letalidade das pessoas negras vem aumentando e isto exige políticas com foco na superação das desigualdades raciais.
Segundo dados divulgados pelo UNICEF em 2014 :
( https://secure.unicef.org.br/campanhas/iha-2014/ ), de cada mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos.
Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos.
Acesse: https://vidasnegras.nacoesunidas.org/
Para ter aceso aos documentos da UNICEF sobre a condição das mulheres e das meninas negras no Brasil acesse:
https://decada-afro-onu.org/documents.shtml
“Quando o gênero, a raça, a etnia, a classe, a religião ou crença, o status de migração ou outros motivos de discriminação se encontram e se cruzam, criam intrincadas redes de privação, de negação de direitos, que impedem, minam e oprimem. Nesta dinâmica sórdida, muitas mulheres e meninas afrodescendentes são mais profundamente afetadas. Precisamos tomar medidas urgentes para pôr fim a essas injustiças….”
Atlas da Violência Brasil 2019 – IPEA – Dados divulgados – aqui.