17/05/2025
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“Declínio em Espiral” dos Rios Municipais

  • dezembro 28, 2024
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O descompromisso, o egoísmo e a ganância, desrespeito com a vida, o meio ambiente, saúde e a economia das pessoas mais simples da sociedade, é um crime. Responsáveis

“Declínio em Espiral” dos Rios Municipais

A ignorância humana em não considerar os rios e os cursos naturais de água doce (transformados em córregos apodrecidos) como elementos vivos da natureza, gerou uma perigosa situação que deve ser enfrentada urgentemente pelo poder público, pela Ciência e por toda a sociedade.

Esse fenômeno ocorre devido à combinação de fatores antrópicos e ambientais que se retroalimentam, agravando a situação ao longo do tempo. O despejo de esgotos domésticos, industriais e agrícolas nos rios contribui para a contaminação por nutrientes, metais pesados e produtos químicos. Esse processo leva à eutrofização, causando proliferação de algas, redução do oxigênio dissolvido, a morte de peixes e outros organismos aquáticos, além de doenças em humanos.

Além disso, o desmatamento das áreas ciliares e o manejo inadequado do solo nas bacias hidrográficas promovem a erosão e o assoreamento. Portanto, reduz a capacidade de armazenamento e vazão dos rios, aumentando o risco de enchentes e diminuindo a qualidade da água. O uso excessivo da água para irrigação e abastecimento urbano, aliado à captação irregular, compromete o fluxo natural dos rios desde as nascentes.

Desafios e ações concentradas

Deste modo, a redução do volume hídrico agrava a concentração de poluentes e prejudica a fauna aquática. Além da destruição da vegetação nativa ao longo das margens, o que elimina a proteção natural contra erosão, reduz a infiltração e compromete a estabilidade ecológica. Assim, essa perda também diminui a capacidade de filtração de sedimentos e poluentes antes que alcancem os corpos d’água. Eventos climáticos extremos, como secas e chuvas intensas, amplificam os efeitos do declínio em espiral, exacerbando a degradação ambiental e comprometendo a resiliência dos rios.

Portanto, a recuperação dos rios municipais é um desafio urgente que exige a adoção de estratégias ecológicas e sustentáveis. Romper com o ciclo de degradação e estabelecer um novo paradigma de gestão ambiental é essencial para garantir a disponibilidade de água, a preservação da biodiversidade e a qualidade de vida das populações locais. A tabela em anexo lista diretrizes básicas para reverter o declínio em espiral dos rios municipais, sendo essencial adotar medidas integradas de gestão ambiental e políticas públicas sustentáveis.

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