Desigualdade é Insuperável – Pobreza não
- novembro 5, 2024
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Pobreza não é pecado. Pobreza é erro e condição. Quem condiciona o pobre ao erro e o torna no que é? É uma escolha deliberada?
Pobreza não é pecado. Pobreza é erro e condição. Quem condiciona o pobre ao erro e o torna no que é? É uma escolha deliberada?
Campinas, SP – 05/11/2024
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Apesar das mudanças profundas pelas quais passou o Brasil desde o século XVII, o tamanho da desigualdade de riqueza no país ficou praticamente estável nos últimos séculos. Na contramão da tendência mundial, de estabilidade e redução da desigualdade no século XX, o Brasil viu o crescimento dela. As conclusões são de estudo dos economistas Pedro Fandiño, Celia Kerstenetzky e Tais Simões, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (IE.UFRJ)
O artigo mostra que da monarquia ao império, passando pelos primeiros anos da república, ditadura militar e retorno da democracia, a concentração patrimonial
permaneceu sempre muito elevada, apesar de variadas formas de (enriquecimento) riqueza ao longo do tempo. Por exemplo, nos séculos XVIII e XIX, a concentração de renda dos 10% mais ricos ficou entre 55% e 75% da riqueza nacional.
“Por muito tempo, a elevada desigualdade de riqueza no Brasil foi atribuída a instituições nocivas do período colonial, como escravidão, latifúndio e monocultura,
assim como controle de acesso à terra e ao poder político. Nossas desigualdades extremas eram entendidas como uma espécie de legado dessas instituições”, diz Fandiño.
[N.E.: Numa só questão – O que mudou?]
O economista pesquisador afirma que, nas últimas décadas, estudos sobre a história da desigualdade mostram que em países desenvolvidos a desigualdade de riqueza diminuiu com força na primeira metade do Século XX. Ou seja, graças às guerras mundiais, à crise de 1929 e a outros choques econômicos e políticos que destruíram ou reduziram o valor dos ativos.
[n.e.: quer dizer, o valor dos ativos, mas não a quantidade de ativos concentrados. É isso?]
Além disso, as políticas de regulação posteriores, a tributação e o controle público do capital também forçaram-na para baixo.
Fernando Nogueira da Costa – Dr. Profº Titular do IE UNCAMP
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