Donald Trump e o Fascismo nos EUA
- maio 23, 2025
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As ações de Trump contra a cultura e Harvard expressam a pequinês que o grande país das Américas se mergulha no mergulho da escuridão. Ricardo Guedes Belo Horizonte,
As ações de Trump contra a cultura e Harvard expressam a pequinês que o grande país das Américas se mergulha no mergulho da escuridão. Ricardo Guedes Belo Horizonte,
Ricardo Guedes
Belo Horizonte, MG – 23/05/2025
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As ações de Donald Trump contra a cultura e Harvard expressam a pequenez em que o grande país das Américas mergulha no mergulho da escuridão.
“Abajo la inteligência, viva la muerte”, falou General Franquista ao Reitor da Universidade de Salamanca durante a Guerra Civil Espanhola. “Quando ouço alguém falar em cultura, lanço logo a mão a minha arma”, na fala do criminoso nazista Hans Jost, durante a ascensão da Alemanha Nazista.
A apologia da ignorância é uma das bases do Fascismo.
A democracia é um arranjo fraco como a flor, precisa de cuidados para que possa não perecer. Existiu em dois períodos da História, na Grécia Antiga e no mundo Anglo-Saxão, possivelmente até Trump. Adam Przeworski fala que os pactos sociais têm que ser continuamente validados no dia a dia, senão morrem. Como em Benjamin Franklin, na Revolução Americana, quando perguntado se os Estados Unidos seriam uma Monarquia ou uma República, respondeu: “A Republic, if you can keep it” (Uma República, se a puder manter).
Toda vez que as classes médias, que dependem da estabilidade para sobreviver, é economicamente comprimida, como anteriormente ocorrido na Alemanha e na Itália, e como agora desde 1980, portanto, como mostram os dados do ‘World Inequality Report”, a manifestação fascista aparece.
Não que a História se repita exatamente segundo os mesmos fatos, isto não ocorre, mas nos esdrúxulos discursos do ódio. Os teóricos mais significativos sobre o Fascismo são Hannah Arendt, De Felice, e George Mosse. Como em Hannah Arendt, quando o Fascismo libera o mal, o mal pelo mal, a “banalidade do mal”.
Harvard é considerada hoje como a melhor Universidade do mundo, por sinal, a única que não sucumbiu a Trump. Fundada em 1636, confunde-se com a própria História dos Estados Unidos. Como diz Joseph Ben-David, em “Centers of Learning”, então Professor da Universidade de Chicago e da Hebrew University, (e de quem fui aluno) “existem instituições de ensino que expressam o próprio projeto de uma sociedade.” São o “Zeitgeist”, o “Espírito dos Tempos” na expressão de Johann Herder.
As ações de Trump contra a cultura e contra Harvard são o desterro de uma nação.
Como em Cícero para o Senador Catilina em 63 aC, que conspirava contra a República Romana para se apoderar de seus bens em uso próprio:
“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Oh tempos, oh costumes!”
Ricardo Guedes Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago.
Autor do livro “Economia, Guerra e Pandemia: a era da desesperança”
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