Os países do eixo Norte branco, ricos detêm, além um grande poderio bélico, construído e reforçado pelos séculos de dominação e exploração exercida sobre as colônias, impõem agenda de ritmo e modelos econômicos sobre os mais frágeis, aos em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Fazem pequenos investimentos diretos (mas de peso se consideramos a nossa própria capacidade, ou interesses internos, de investimentos em áreas sensíveis), e ao final do ano fiscal – com truques contábeis, aproveitando falhas nas leis – obtêm lucros extraordinários. Numa leitura capitalista e financista só estão se aproveitando de nossa ignorância, e reforçam estas estratégias com manobras, lobbys e ingerência cultural, religiosa, político partidária. Sempre apostam e ganham no caos.

Campinas, 06/11/2024
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Segundo o Relatório de Investimento Direto (RID) de 2023 do Banco Central do Brasil, observa-se, nas últimas décadas, a ascendência de corporações transnacionais constituídas por estruturas organizacionais com o controle e a influência sobre inúmeras empresas implantadas em diversos países.

Nesse cenário, a metodologia internacional das estatísticas de setor externo desenvolveu dois conceitos. Servem para a identificação do país de origem do investimento direto: o país do investidor imediato e o país do controlador final. O país do investidor imediato é o país de domicílio da empresa não residente tomadora da decisão de investir diretamente na subsidiária ou filial no Brasil.

O país do controlador final é aquele de residência do investidor, detentor efetivo do controle por interesse econômico na empresa investida no Brasil. Assim, o controlador final é identificado pelo Banco Central a partir do seguinte método. Parte da empresa receptora de investimento direto no país, percorre a cadeia de relações de controle até encontrar a empresa não residente sem ter controlador.

Nova rota da seda – contraponto ao neoliberalismo

[N.E.: Salvo engano, podemos tomar alguns exemplos que tornam claro o funcionamento deste sistema, apêndice implantado no Capitalismo Global Corporativo. As matrizes europeias podem estar migrando para o Brasil, aos poucos, enquanto se mantêm firmes no embate contra a nova rota da seda. O que em miúdos, significa, o Brasil ainda é só um excelente e melhor cuidado quintal, atualmente, do que na desastrosa gestão anterior. O sistema também não distingue o capital quando ele ultrapassa algumas cifras de seis ou oito dígitos, após a vírgula. O IDE (Investimento Direto no Exterior) é a categoria de ativos externos do país de maior volume, superior inclusive às reservas internacionais (US$324,7 bilhões, ao final de 2022).

A relação de investimento direto se dá quando um investidor de uma economia (empresas privadas ou estatais, como a petróleo da Noruega – StatoilHydro) detém poder de voto igual ou superior a 10% em empresa ou fundo de investimento sediado em outra economia. Nessas condições, o investidor direto participa de forma efetiva das decisões de estratégia e gestão da empresa, mantendo, em geral, interesse de longo prazo na empresa investida.

Desta forma, também grandes corporações tecnológicas, norte-americanas, japonesas, chinesas e coreanas, por exemplo, investem por aqui. Mas, a base nacional continua sendo as commodities de origem vegetal, animal, mineral, com limitada transformação, o que, de fato, interessa mais para mercado interno do que o externo. Corações e cérebros continuam lá longe. Aqui são só os operacionais – mãos e braços. O desequilíbrio ainda é enorme.]

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Assista aqui: A Nova Rota da Seda
Literatura – Academia: Nova Rota da Seda
e aqui o livro: A China e Nova Rota da Seda – Da reconstituição nacional à rivalidade sino-estadunidense