17/05/2025
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Feminização do Mundo

  • outubro 8, 2024
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Ainda falta muito para a equidade de gêneros ser alcançada no Brasil. Além do 'machismo estrutural' e de outros preconceitos e problemas, as questões políticas e econômicas se

Feminização do Mundo

O que pode ser o mundo sob o prisma da feminização do mundo diante de homens Nem-Nem?

Fernando Nogueira da Costa
Economista – Profº Titular – Dr IE UNICAMP

 

John Byrn-Murdoch (a despeito do que esse nome significa na imprensa inglesa e mundial) é colunista e o principal repórter de dados do Financial Times.

Ele diz em um de seus artigos que em todo o mundo desenvolvido, meninas e mulheres jovens ultrapassam meninos e homens jovens há várias décadas.

Principalmente na Educação. E elas entram nas universidades em proporções muito maiores do que eles.

Em geral, trata-se essa tendência mais como algo a ser comentado do que algo que precise de respostas. A profusão de áreas em que as mulheres continuam em desvantagem em relação aos homens. Isso levou, compreensivelmente, a que os esforços para assegurar a igualdade de gênero se tornassem sinônimo de melhorar as oportunidades e opções paras as mulheres.

Afinal de contas, os homens sempre conseguiram resultados melhores no mercado de trabalho. E se as mulheres têm um desempenho superior ao deles na educação, isso ajuda a diminuir a vantagem geral dos homens – ou pelo menos essa é ideia corrente.

No Brasil as mulheres estão mais à Esquerda.

O problema com essa maneira de ver a questão é que, em um número cada vez maior de países, já ficou para trás a fase de reduzir a desigualdade nos resultados socioeconômicos, e hoje o que temos é uma desigualdade nova e em crescimento na direção oposta na feminização do mundo.

Um fato muito menos reconhecido do que a disparidade crescente na área do ensino superior é o de que, em vários países ricos, hoje as mulheres jovens têm mais probabilidade de estar empregadas do que os homens jovens. O Reino Unido se juntou a esse grupo em 2020. Lá a margem de vantagem da taxa de emprego de mulheres entre 20 e 24 anos cresceu para três pontos porcentuais desde então.

Essa inversão ainda não aconteceu nos Estados Unidos, mas o déficit na taxa de emprego das mulheres jovens encolheu de quase 10 pontos porcentuais em 2006 para um único ponto em 2023.

Fernando Nogueira da Costa
Economista – Profº Titular – Dr. IE UNICAMP

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