Folia e Ilusões
- fevereiro 11, 2024
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...Somos adoradores do fogo roubado aos deuses e por ele pagamos um preço eterno...Lendas, mitos, modos de contar uma verdade nua, crua e dura, como uma pedra que
Redação
São Paulo, 11/02/2024
2.9 Minutos.
É tão óbvia que ninguém sabe! Mas, a criação de um mundo secreto, porquanto virtual (real), esconde-se atrás de uma tela luminosa que não revela, como toda a luz que o homem joga no terreno dos deuses, sequer a mínima parte de outras verdades. Aqueles locais perdidos no espaço mental, nas cavernas da razão, memórias e inteligências inerentes ao jogo e nas transmissões rápidas de dados e números (cifras é melhor?).
As mesmas que fazem a fortuna de uns poucos, ao criar a ilusão de que há desenvolvimento para o progresso (?) e para todos, e todos podem acompanhá-lo, causando a sensação de normalidade estabelecida (que se estabelece aos poucos, homeopaticamente, para não chocar). Ou seja, mudando sempre para melhor, ao mesmo tempo, e contraditoriamente, criando um espaço, uma situação/condição-buraco cada vez mais difícil de se alcançar-sair. Desenvolver-se pode ser afastar-se do princípio – do núcleo gerador…
Assim, há uma guerra que se trava entre deuses, gigantes e anões, de fato ela ocorre em toda a natureza, contrapondo-se a todas as outras formas de convivência, simbiose, mutualismo, parasitismo e outras, – encontrada e relatada poeticamente, desde a literatura mítica e/ou científica persa, egípcia, romana, grega, nórdica, hebraica e hindu etc. Estas que já serviram de tema para muitos romances literários e religiões, música, teatro – ars perenis et ars temporalis e outras manifestações do espírito humano.
De fato, a maior parte das representações alegóricas das religiões milenares e suas ramificações desatentas nos revela estes acontecimentos. Declamam uma luta terrível envolvendo os homens, os deuses, os demônios, os gigantes e os anões (há de existir outras espécies?) – a vida e a morte, a permanência ou a passagem de todos, em escala. Desencontros entre seres habitantes de distintos pontos do universo e da terra – acima e abaixo de sua superfície, ou acima, abaixo e entre o ar, a atmosfera e o espaço fora do planeta.
Portanto, os deuses (geradores) devem reconquistar os elementos da Terra (planeta) e dominá-los para poderem reconstruir o paraíso (um misto equilibrado e composto de terra – ar – fogo – água, madeira e metal). Idílio onde já viveram e ocorre agora perdido, aviltado, insultado e quiçá dominado pelos gigantes, pelos titãs, pelos homens, demônios e anões em fúria, maldade, desonestidade, ganância. O planeta está se exaurindo, rapidamente, cada vez mais, resultado desta discórdia.
A mitologia nórdica, da qual alemães pegaram por extensão ‘psicoantroposociogeográfica’ de ancestrais vikings, islandeses etc, fala da batalha do Ragnarok o crepúsculo dos deuses, o que para os semitas hebreus seria o Apocalipse – para os cristãos o Armagedon a “treta” entre diversos povos, antes dos mil anos de um reino de paz; e para hindus (arianos) aquela luta entre 2 clãs dominantes descrita no Mahabaratha (que até lembra a história mítica de Abel e Caim), o bem e mal, a luz e as traves – dicotomia constante…Teimosia psicossocioliterária.
Os gigantes (?) que dominam a terra procuram impedir os deuses. Luta eterna entre filhos e apoiadores da luz contra filhos e apoiadores das sombras, do calor e do frio, em que parecem ser de fato todos ruins ou todos bons.
Mesmo porque, trata-se apenas de uma defesa de posição e ninguém quer perder o que conquistou – uns lutam pela (re) conquista, outros pela manutenção. Mas, lutam, como leões e hienas, cobras e mangustos, predadores e presas…
A questão é quem são os “deuses”, e de que lado estamos? Contra quem lutam para reconstruir um reino perdido, e construir algo novo no lugar, ou quem derrotou quem e tirou de lá; qual é o ‘algo’ precioso que temos, como humanidade que nos coloca e empurra de um lado para o outro.
Portanto, convém descobrir-se, questionar-se e saber – afinal sou humano, e foi um gigante – titã ? – chamado Prometeu (Lúcifer?) que, tomado de dores (ou interesses) por nossa raça, decidiu roubar o fogo sagrado da sabedoria dos deuses.
Ele pagou caro pelo seu atrevimento, e nós…como estamos? Identificados…
Corremos atrás dos mesmos elementos para garantir a nossa sobrevivência ou somos meros joguetes – escravos manipuláveis de intenções e sistemas maiores? Somos adoradores do fogo roubado aos deuses e por ele pagamos um preço eterno…Lendas, mitos, modos de contar uma verdade nua, crua e dura, como uma pedra que recebeu vida depois de ser expelida em uma erupção por um choque cósmico. Enfim, um banquete descrito e servido na beleza das literaturas clássicas grega e mundial. Aquela sendo a mais próxima do Ocidente.
Deste modo, se formos fazer uma digressão não passamos de ínfimos seres habitantes da superfície. “Giramos – parados” numa bolinha flutuante do tamanho de um grão de areia na esteira penspérmica da via láctea, dilatando-se e encolhendo-se no universo. Aqui há uma contradição física aparente: se a bola gira aquilo ‘grudado’ nela, ainda que se movendo em direções aleatórias, também está girando?)
E existimos há apenas uns 500 mil anos. A pergunta mais curiosamente conflitante é: como podemos representar tudo isso em 50 minutos de passarela numa avenida? Assim, cada povo tem o seu carnaval, reducionista: mera fantasia! Dizem que é da Cultura.
[N.E.: todos os links são simples indicações sem maiores pretensões do que sinalizar a existência de questionamentos e descritivos fantasiosos que abrem novos e múltiplos acessos a mais dúvidas e questionamentos de fantasia.]