Fuga de Capitais do País
- janeiro 26, 2025
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Multinacionais que faturam bilhões de dólares e euros deveriam investir em melhorias no país, em Saúde, Educação, infraestrutura...
Multinacionais que faturam bilhões de dólares e euros deveriam investir em melhorias no país, em Saúde, Educação, infraestrutura...
Redação
São Paulo, 26/01/2025
4.6 Minutos.
A mesma situação se repetiu, incialmente em 2015, com a farsa organizada do impeachmente de Dilma Roussef, e em 2018 com a prisão do atual presidente, filiado ao Partidos dos Trabalhadores – Lula, a partir de um acordo com a imprensa e outras instituições (privadas e internacionais), judiciárias e militares, claro, para impedi-lo de concorrer às eleições daquele ano. Contudo, o fato descambou para a pataquada militar e civil que vimos no período subsequente, e teve seu auge (a história quando se repete é um farsa ou comédia) com a invasão da praça dos 3 poderes ao final do mandato de Jair Bolsonaro, escondido nos EUA para disfarçar sua interação com os atos de vandalismo. Entretanto, desta vez o golpe falhou. Porém, isso não significa que o projeto golpista não esteja em constante rearticulação.
A relação com as remessas financeiras para o exterior das multinacionais atuantes no Brasil não parecem entrar no cálculo ou são minimizadas. Vemos isso no tratamento que a imprensa dá aos fatos. ou seja, preferem falar de alta do dólar, de impostos altos etc… Além disso, os envios para paraísos fiscais que fogem do pagamento de impostos, prática comum dos milionários e bilionários sonegadores contumazes, ainda não resolvida que ao invés de ser tratada pela imprensa como sendo uma necessidade do país, como parte da solução para ajudar a diminuir os problemas fiscais, repete jargão criminoso de perseguição ao capital privado, e mentiroso de que governo quer arrecadar fundos e mundos e persegue os ricos.
Assim, esta é uma narrativa criada pela retórica dos grandes ricos e donatários do país que nunca viram a necessidade de investimentos públicos em saúde, educação, infraestrutura para além de suas próprias necessidades e em torno de suas propriedades. Ou seja, além de não pagarem impostos, criticam o governo por não realizar obras de interesse coletivo, desafiando a ordem institucional e o registro de país como nação para todos.
Fuga de Capitais do País
Veja a fortuna de algumas empresas multinacionais que eviam bilhões de dólares e euros todos os anos para as suas matrizes na Europa, EUA.
As europeias: O valor de mercado de 22 multinacionais atuando no Brasil somadas é de 510 bilhões de euros (cerca de R$ 3,64 trilhões em valores atuais) segundo a BBC de Londres no Brasil. França e Portugal têm o maior número de empresas entre as 22 listadas: quatro cada uma. As outras companhias têm sede em Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça. Ou seja, é pra lá que vai o grosso do dinheiro. As atividades com maior representatividade na lista são produção de caminhões, carros e refino de petróleo, com três companhias cada.
Também listamos algumas empresas norte-americanas que operam no Brasil, segundo a Câmara Americana do Comércio. O relatório das relações comerciais 2023/24 entre Brasil e EUA (clique) pode ser lido neste endereço.
Estas são as empresa e segmentos norte-americanos em operação no Brasil. 3D Indústria – ABBOTT Farmacêutica e Cosméticos – ADM Agronegócio – AGCO Indústria – ALCOA Metalurgia e Siderurgia – ALPHABET (GOOGLE) Tecnologia – AMAZON Tecnologia – ARCELORMITTAL Metalurgia e Siderurgia – BRISTOL-MYERS SQUIBB – Farmacêutica e Cosméticos – BUNGE Agronegócio – CARGILL Agronegócio – CHEVRON Energia Elétrica – Intel Tecnologia – Heinz Alimento – GE Ind. eletrônica – GM Ind. automotiva – Ford Ind. automotiva – Exxon Petróleo e energia – Corteva Alimento – Mondeléz Alimento
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Informações preliminares do relatório mostram que estas empresas investiram algo em entre US$ 50 a 90 bilhões no período. Mas, não localizamos quanto lucraram e quanto destes valores fora reinvestidos no Brasil ou remetidos para seu país de origem. Talvez a grita oposicionista e lobista contra os impostos sobre as grandes fortunas encontre aí as suas razões. Aprovadas, as medidas de reformas propostas seriam um caminho iluminado para reduzir as injustiças sociais e equilibrar a economia do país.
O argumento contrário às reformas fiscal, financeira e portanto, econômicas é de ordem moral: o país ainda tem muita corrupção. Ora, como se o sistema a descoberto também não o fosse e seja o responsável por isso. Hipocrisia em duas mãos, um crime não justifica outro. A direita esmera-se em restringir o debate a um círculo repetitivo, religioso. Ladainhas contra bikinis, sexualidade, cotas, misoginia, comunismo etc. E a esquerda festiva e ingênua reforça e às vezes critica os esforço para acabar com a fome, bolsa família, bolsa estudante (pé-de-meia) SUS, reforma agrária, projetos de infra estrutura e outras necessidades básicas que necessariamente precisam de ser atendidas com muita urgência.
Por que apenas classe media e os pobres pagam impostos por aqui?
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