Gordinhos na Fila
- novembro 22, 2023
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Desde cedo deve-se educar as a crianças com uma boa alimentação, sempre que possível. A ideia é evitar problemas no futuro.
Desde cedo deve-se educar as a crianças com uma boa alimentação, sempre que possível. A ideia é evitar problemas no futuro.
Redação
São Paulo, 22 de Novembro de 2023
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% das crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos têm obesidade atualmente. Desse modo, observar os filhos, desde hábitos alimentares, preferências e estimular um ambiente saudável. Moderação é essencial para promover a qualidade de vida dos pequenos.
Coordenadora de Nutrição e Dietética Cintya Bassi ressalta os principais riscos de obesidade na infância: “Hipertensão e hipercolesterolemia. Estas são doenças já associadas à obesidade no adulto, além de resistência à insulina (diabetes), e têm sido cada vez mais frequentes em crianças. Outros fatores, como problemas ortopédicos, respiratórios e dermatites, também costumam se manifestar com maior frequência em crianças obesas”. Com isso, a ideia é evitar os gordinhos na fila dos hospitais.
Segundo a especialista, a maneira mais simples de avaliar o ganho de peso excessivo é através da observação dos pais e responsáveis. “Esse ganho de peso deve ser acompanhado de aumento de estatura e aceleração da idade óssea. Porém, quando o peso continua a aumentar e os outros fatores desaceleraram, é o momento de intervir.” Para isso, “o IMC (índice de massa corporal) é bastante eficaz para indicar o estado nutricional, da criança. Lembre sempre que os parâmetros utilizados para crianças são diferentes daqueles utilizados para adultos”, complementa.
Hoje, devido ao grande número de crianças diagnosticadas como obesas, a preocupação dos pais deve iniciar durante a gestação, na saúde da mãe, e seguir por toda a infância. “O aleitamento materno é um fator de proteção contra a obesidade. A contrapartida é o descontrole sobre a saciedade. Este muitas vezes tem início com a insistência dos pais para que a criança ‘coma tudo’. Isso mesmo ela demonstrando que está satisfeita, torna-se um fator desencadeante do problema”, exemplifica Cintya.
Desse modo, alguns hábitos saudáveis devem ser instituídos e são destacados pela nutricionista. 1)Realizar ao menos 5 refeições diárias.
2)Evitar sobrecarga em determinada refeição, especialmente no jantar. 3)Adaptar-se a uma variedade grande de alimentos e preparações. 4)Evitar líquidos calóricos e de baixo valor nutricional, como refrigerantes e bebidas açucaradas. 5)Oferecer lanches e refeições saudáveis para toda a família.
Além disso, Cintya Bassi finaliza com algumas ações práticas para adequação do cardápio infantil: “Portanto, deve-se substituir leites e derivados integrais pela versão semidesnatado. Desta forma preferir queijos magros e garantir o consumo de hortaliças e frutas em todas as refeições. Outrossim, reduzir a porção de alimentos; evitar alimentos ricos em gordura, açúcares e de alto valor calórico. Deve-se evitar fast food e incentivar a atividade física”.
Cintya Bassi – Coordenadora em Nutrição e Dietética