Imigração Alemã
- fevereiro 2, 2024
- 0
Tão importante quanto a imigração forçada - escravidão - de negros africanos (parte do plano) as chegada de alemães e outros povos moldaram as feições do Brasil de
Tão importante quanto a imigração forçada - escravidão - de negros africanos (parte do plano) as chegada de alemães e outros povos moldaram as feições do Brasil de
Redação
Porto Alegre, RGS – 02/02/2024
1,8 Minutos.
Como defendia o historiador Heródoto de Halicarnasso, é necessário estudar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro. E isso vale também para a compreensão da cultura e da economia nacional, com base nas imigrações ao longo dos séculos.
Um exemplo disso é a vinda dos alemães para o Brasil, que completa 200 anos em 2024. Na obra “1824”, publicada pela Citadel Grupo Editorial, o historiador gaúcho Rodrigo Trespach compartilha todo o panorama histórico da época e explica como esse processo contribuiu para o desenvolvimento de comunidades rurais, além de formar um Brasil multicultural.
No livro “1824”, historiador Rodrigo Trespach narra a construção da comunidade teuto-brasileira a partir do surgimento da colônia em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul
De um lado o Brasil, que buscava a consolidação de um modelo político e governamental, para a formação da identidade nacional após a declaração formal de independência, em 1822. Do outro, a Alemanha, abalada pelas guerras napoleônicas, que embora tivessem chegado ao fim, causaram destruição por todo o país.
Deste modo, José Bonifácio, principal conselheiro de D. Pedro I, põe em prática o projeto de trazer imigrantes europeus para terras sul-americanas, com a ajuda do agente Georg Anton von Schaeffer.
Os detalhes deste processo imigratório que completa 200 anos em 2024 são detalhados pelo historiador gaúcho em seu livro recente.
Por meio de documentos, cartas, ofícios e uma vasta bibliografia, o pesquisador entrelaça a vida de líderes políticos, militares e visionários com a de artesãos, agricultores e camponeses.
Gente que atravessou o Oceano Atlântico em busca de novas e melhores condições de vida.
Dividido em 22 capítulos, o livro é um mergulho na imigração germânica no Primeiro Reinado – entre o período de 1822 e 1831.
Durante nove anos, mais de cinco mil alemães desembarcaram no Faxinal do Courita, porção de terra próxima ao Rio dos Sinos, nos arredores de Porto Alegre- RGS.
O pequeno povoado instalado no estado do sul tornou-se exemplo de sucesso da política de colonização do governo imperial. Por dois séculos, os germânicos adaptaram os costumes europeus à cultura brasileira: hoje, o país soma mais de cinco milhões descendentes de alemães.
Os países de língua alemã na Europa, especialmente a Alemanha, continuaram deixando partir para a América do Sul o seu excedente populacional. Além do papel importante no desenvolvimento da agricultura e na produção industrial – as colônias teutas são exemplos ímpares do poder e da capacidade transformadora das ações comunitárias.
Um exemplo disso é como o cooperativismo, criado em Nova Petrópolis, no começo do século XX , os alemães ajudaram a pintar o grande painel multicultural chamado Brasil. (1824, p. 317)
Curiosidades como o surgimento da igreja protestante no país e a existência de um plano argentino para assassinar D. Pedro I, representado na capa do livro, complementam esta leitura. Portanto, mais que indicada a estudantes, professores e leitores em busca de informação e conhecimento sobre a colonização brasileira.
Rodrigo Trespach -Historiador e pesquisador referência em história dos séculos, XVIII, XIX e XX . Autor de outros 17 livros, como Às margens do Ipiranga, também publicado pela Citadel Grupo Editorial.
FICHA TÉCNICA
Título: 1824
Autor: Rodrigo Trespach
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550472665
Dimensões: 15.5 x 2 x 23 cm
Páginas: 368
Preço: R$ 64,90
Onde comprar: Amazon