Indagações ingênuas…
- novembro 12, 2024
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Questionar, perguntar, duvidar...Sair da superfície deve ser uma atitude constante na vida de um ser humano. Educar as crianças para tanto é fundamental, e lhes é natural.
Questionar, perguntar, duvidar...Sair da superfície deve ser uma atitude constante na vida de um ser humano. Educar as crianças para tanto é fundamental, e lhes é natural.
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São Paulo, 12/11/2024
5.3 Minutos.
(Ex)permalink é uma técnica “esporrádica” masculina de manter-se conectado/produtivo com uma rede? Sua posição ideal é horizontal? Existe rede cruzada? Depois dos 60 anos sua confiabilidade pode se reduzir? Ela ainda (ex)permanece firme?
Quando você paga impostos você está dando a Cesar (o Estado*). Quando você compra alimento, roupas, e constrói a sua casa você está dando adeus ao Deus? Porque tem imposto em tudo. O cara que planta, colhe, transporta, vende, fabrica, distribui, negocia e renegocia, está dando a qual deus, ao dele ou ao seu? Ou está dando a Cesar (o Estado). A questão é: se o estado deve organizar a vida das pessoas na sociedade, e distribuir de forma justa o que esta mesma sociedade produz, por que existe a pobreza e a riqueza? É culpa de Deus, o seu, ou dos deuses dos outros? Cada um tem o seu: Selva? Salve-se.
Alguns insetos regurgitam (vômito) substâncias que interessam outras espécies animais. Alguns outros expelem um líquido branco que os humanos usam como alimento. Algumas plantas eliminam substâncias entorpecentes em seus óvulos reprodutores (sementes) que alteram o ciclo neurofisiológico de quem entra em contato direto (consumo) com elas. Mas, para que este efeito se potencialize (ou não) é preciso secar e torrar suas sementes. Outras oferecem o mesmo com seus aparelhos reprodutores (partes íntimas). Outras vão mais além, e entregam seus filhos (ainda bebês) para serem comidos por pássaros, répteis, mamíferos (incluindo humanos), insetos, bactérias e fungos.
Indagações ingênuas…
Será que é tudo uma questão de linguagem? Porque estou falando de mel, leite, grãos, frutas e no que são transformados pelos sistemas industriais de produção para saciar a nossa fome. A ciência, inclusive, avançou o suficiente para selecionar, combinar e apurar os melhores exemplares encontrados na Natureza a fim de lhes melhorar o sabor, a textura, a ‘produtividade’. Em atenção a gigantesca procura e proporcional desperdício da ocidentalidade simpática ao jusnaturalismo, adida aos movimentos da direita neoliberal e estremada desde Roma imperial...
Com isso os humanos em suas diversas formas de cultura aprenderam a controlar os fenômenos básicos dos vegetais, dos animais e aproveitar melhor outros recursos, da terra, do sol, da água, dos ventos (os 4 elementos) que unidos deram origem a toda forma de vida no planeta.
Se há um problema ele está na mente humana e no descontrole sobre suas utilidades. As diversas inteligências? E cada problema cria, resulta e se estende pela humanidade, como causa e efeito, numa dialética reducionista se imaginarmos que eliminando a causa, cessam os efeitos. Na estrutura ocidental predatória do sistema capitalista isso soa falso, mas é amplamente aplicado.
Por exemplo, a indústria química farmacêutica sobrevive da doença das pessoas e dos animais. Criam remédios – do verbo remediar – não do verbo curar – para várias das enfermidades que nos acometem.
A indústria alimentícia também participa da barbárie. Alimentos fast food e junk food, ultraprocessados causam problemas, porque contêm em suas formulações (as receitas) as drogas que induzem o organismo a adoecerem, e assim dão suporte (pensado e organizado) a indústria química dos remédios ou fármacos. Aliás, a palavra farmácia tem tudo a ver com produção vegetal e até animal.
Na língua inglesa, anglo-saxônica-teutônica, fazenda se escreve farm, já alterada do facienda, no latim vulgar. Um lugar onde se faziam coisas, e a objetiva evolução do termo e seus usos diversos.
Quem transforma os alimentos em saúde, também os faz venenos. Vide a indústria dos agrotóxicos que no Brasil, por exemplo, não paga impostos. O que você põe no seu prato e leva a sua boca, diariamente, deixa translúcido quem você é. O ditado “você é o que você come” tem fundamento. Não só do ponto de vista de saúde e constituição orgânica e corporal, mas fundamentalmente, na sua condição social. O seu status na escala hierárquica das sociedades.
Numa divisão bem desenhada: os que usam o corpo como ferramenta com especificidades definidas por algumas partes ou órgãos. As pernas, os braços, as mãos, o cérebro (de forma repetitiva – mecânica/química – ou criativa), em locais diferentes. Trabalho. Do esgoto ao laboratório nuclear avançado em pesquisas sobre a partícula de deus e outras preciosidades invisíveis.
O problema é que isso ocorre dentro de uma única espécie – a humana. A sapiens. Nós. Patrões, proprietários e trabalhadores e escravos. Mas, a questão é: os leões, os leopardos, as baleias, as abelhas, os tubarões, as sardinhas, as rosas, as laranjas, os bois, as cabras, os javalis e as cobras são todas iguais? Então, se evoluímos, como se diz por aí, acima dos animais, por que nos portamos como eles na luta por territórios, por fazendas, por sistemas de produção e distribuição (de ganhos?) e perdas?
Criamos sistemas e subsistemas compensatórios, que facilitam a vida, ao gerar mais problemas que geram necessidades que pedem mais soluções. Nunca evoluímos, de fato. Apenas nos iludimos. Acha que IA vai resolver? Ela que já começou criando mais problemas?
Os mais estúpidos e recessivos dizem que é melhor acabar logo com isso? E você?
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*Dicas e links para aprofundar a discussão sobre o que é o Estado – siga os links…
https://periodicos.univali.br/index.php/rdp/article/view/7568/4327
Série de artigos de Yale University:
https://www.yalejournal.org/search?q=State
Mais dicas:
https://www.jstor.org/stable/24360940
https://www.jstor.org/stable/24360940
https://www.politize.com.br/estado-o-que-e
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