Instituto Oceanográfico USP
- janeiro 13, 2023
- 0
Para não virar uma Praia Grande, como a do litoral santista, os cuidados de preservação e urbanismo em Ubatuba e todo litoral norte do estado de SP devem
Para não virar uma Praia Grande, como a do litoral santista, os cuidados de preservação e urbanismo em Ubatuba e todo litoral norte do estado de SP devem
Publisher
São Paulo, 13/01/2023.
1 Minuto.
Já próximo ao centro de Ubatuba, litoral Norte de São Paulo, na confluência das praias de Iperoig e Itaguá, divididas pelo rio Tavares, encontramos o Aquário Municipal de Ubatuba. Ali perto também o Projeto Tamar. Na direção oposta ao pier do Farol do Cruzeiro, no centro velho da cidade histórica, divididas pelo rio Grande, está a Prainha. Ali, o encontro das águas é mesmo uma beleza! Do lado oposto, uma boa caminhada pelo calçadão o levará a outro pier, mais modesto, o Comodoro Magalhães, de águas mais calmas, fica próximo à paróquia Nossa Senhora das Dores e do caisinho do Itaguá. Bucólico.
Serpenteando a mesma estrada, seguindo pela encosta da serra a frente, que separa a praia do Tenório está a unidade da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, na qual também se realizam estudos em fazendas experimentais de crustáceos, ostras e mexilhões. Tudo ao lado de um pequena oficina – estaleiro – de barcos de pesca – baleeiras a motor e outros navegáveis. Haja madeira para manter a tradição dos antigos moradores locais, indígenas e pescadores.
Itaguá quer dizer em tupinambá, ‘comida de pedra’. E Iperoig, também de origem tupi é ‘rio de tubarões’ (possivelmente, por conta de tubarões Touro que habitavam a região e comumente adentram nos estuários de água doce para caçar, graças a uma adaptação evolutiva).
Poluição, progresso e urbanização descuidada devem tê-los afastado, mas o nome permaneceu. Contudo, todo o litoral do país tem, além destes redutos de encantos naturais, a história de jesuítas e dos primeiros portugueses que aqui chegaram pelos 1550 do século XIV.
O objetivo deste texto, porém, é mais específico. É para falar do LABCMA – Laboratório de Biologia da Conservação de Mamíferos Aquáticos – órgão estabelecido junto a universidade para desenvolver pesquisa científica envolvendo mamíferos aquáticos com vistas à conservação das espécies e seus ecossistemas, assim como ações didáticas que incluem o oferecimento de cursos de especialização, disciplinas optativas e palestras sobre mamíferos aquáticos.
Entre estes animais encontramos as baleias, os golfinhos (cetáceos), sirênios (mamíferos marinhos vegetarianos, como peixe-boi), e os pinípedes (focas, leões e lobos do mar etc).
Conhecer estes lugares, preservá-los e evitar a sua depredação é da maior importância. Então já sabe, se vai estudar Biologia e especializar-se na vida marinha, corre, o mar ainda tem espaços para serem cuidados.