Já Perdeu o Emprego?
- janeiro 5, 2023
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Um PL (Projeto de Lei) que quer desregulamentar meia centena de profissões no Brasil pode causar um gigantesco retrocesso histórico e uma queda brutal na economia do país.
Um PL (Projeto de Lei) que quer desregulamentar meia centena de profissões no Brasil pode causar um gigantesco retrocesso histórico e uma queda brutal na economia do país.
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São Paulo, 05/01/2023.
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Uma série de profissões de caráter liberal e autônomo, importantes para a sociedade como um todo está ameaçada.
O Projeto de Lei pretende desregulamentar quase 40 profissões de nível universitário e técnico que são bastante comuns no mundo, e são regulares no Brasil desde a década dos anos 1940. Do arquiteto ao químico, todas 23 letras do alfabeto contemplaram, com ao menos duas profissões. Eis a relação dos profissionais que teriam suas atividades desregulamentadas pela proposta do tal deputado:
Arquiteto (Decreto-Lei 8620/46); – Arquivista (Lei 6546/78); – Assistente Social (Lei 8662/93); – Atuário (Decreto-Lei 806/69) – Bibliotecário (Lei 4084/62); – Corretor de seguros (Lei 4594/64); – Economista (Lei 1411/51); – Educação Física (Lei 9696/98); – Engenheiro (Decreto-Lei 8620/46); – Engenheiro de Segurança do Trabalho (Lei 7410/85); – Estatístico (Lei 4739/65); – Fisioterapeuta e Terapeuta ocupacional (Decreto-Lei 938/69); -Fonoaudiólogo (Lei 6965/81); – Geógrafo (Lei 6664/79); – Geólogo (Lei 4076/61); – Guia de Turismo (Lei 8623/93); – Jornalista (Decreto-Lei 972/69): – Leiloeiro (Decreto 21.981/32); – Massagista (Lei 3968/61); – Médico Veterinário (Lei 5517/68); – Meteorologista (Lei 6835/80); – Museólogo (Lei 7287/84); – Músico (Lei 3857/60); – Nutricionista (Lei 8234/91); – Psicólogo (Lei 4119/62); – Publicitário (Lei 4680/65); – Químico (Lei 2800/56); – Radialista (Lei 6615/78); – Relações Públicas (Lei 5377/67); – Secretário (Lei 7377/85); – Sociólogo (Lei 6888/80); – Técnico de Administração (Lei 4769/65); – Técnico em Prótese Dentária (Lei 6710/79); – Técnico em Radiologia (Lei 7394/85); – Treinador de Futebol (Lei 8650/93) dentre outras.
O argumento básico é: “desregulamentar profissões e atividades que não ofereçam risco à segurança, à saúde, à ordem pública, à incolumidade individual e patrimonial“. Em um país cujo índice de pobreza, desemprego e desassistência social chegou no limite do suportável, a proposta deste deputado soa como uma acinte, uma agressão, se não fosse uma piada. Mas, sabemos que grandes maldades são realizadas com um sorriso no rosto. A ideia, mostra-se como um avanço da barbárie. Dos estudante aos atuais aposentados, milhões de profissionais serão duramente atingidos pela proposta, caso ela passe e ganhe o apoio da maioria do centrão (e ultra-direita) como apoiadores do governo que terminou.
Qualquer parlamentar sério, será capaz de condenar o projeto a lata de lixo, e poderá, inclusive, estampar a cara do proponente espinafrando-o, sob a alegação de buscar publicidade barata, com base na exploração do caos. De fato, é uma estratégia corrente nos últimos 6 últimos anos de (des)governo, muito utilizada para se manter em certos patamares de evidência. O marketing político é tão, ou mais selvagem do que ações de uma guerra militar real. Provocar alvoroço entre adversários (ideológicos ou reais) é comum, e ‘democrático’. A razão é simples: obriga partes da sociedade a se reorganizarem em torno das discussões de suas necessidades e não as deixa acomodadas.