O Banco Central, sob a presidência de Galipolo, mais diretores indicados pelo Pres. Lula, perfeitamente alinhados atendem às expectativas/orientações do mercado – seguem elevando os juros vigorosamente.

São Paulo, 31/01/2025
2 Minutos.

O objetivo é elevar a taxa para cerca de 15% ou mais e garantir um Juro Real em torno de 9 a10% (a maior taxa de juros reais do mundo). Porém, convém lembrar que o Brasil tem um endividamento menor do que a maioria das 20 principais economias do mundo. Com uma dívida líquida em torno de 62% do PIB, apresentando uma das melhores taxas de crescimento e de emprego. Além disso, possui robustas reservas de cerca de US$ 350 bilhões (cerca de 17/18 % do PIB) e substanciosos saldos positivos na balança comercial.

Entretanto, a dívida segue perversamente afetada pela taxa de juros.Portanto, gera custos excepcionais, realimenta a própria dívida e compromete fortemente o orçamento. Produz, assim, uma mega transferência de recursos do estado (portanto da sociedade) para o mercado rentista. Ou seja, nessas condições, os esforços de cortes no orçamento acabam sendo insuficientes e restritivos às obrigações indispensáveis do governo. Portanto, afetam os necessários projetos de desenvolvimento do país.

Mais custos do que benefícios

Importante também lembrar que, além de contracionistas, essas elevadíssimas e crescentes taxas de juros impactam, negativamente, além das contas públicas, todas as cadeias produtivas. Gera custos exacerbados que provavelmente serão mais perniciosos do que as alegadas razões para praticá-los. Ou seja mais custos do que benefícios.

Lucio Maluf – Secretário de Organização do PDT/SP – Membro do Diretório Nacional.

Para comentar role a página até o box Comentário