Livros Recuperam Memórias
- maio 16, 2023
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Livros "para desnudar as personagens nos episódios históricos e batalhar pela crítica histórico-social dos extermínios, estupros, torturas e o destilamento do ódio e do medo..."
Livros "para desnudar as personagens nos episódios históricos e batalhar pela crítica histórico-social dos extermínios, estupros, torturas e o destilamento do ódio e do medo..."
Redação
São Paulo, 16/05/2023
1 Minuto.
Apresentação: Esse livro procura apresentar, discutir e contextualizar algumas “vozes” de 1964 – jornais, opinião pública e militares – durante a crise que antecedeu o Golpe Civil Militar de 1964. Logo, para tentar compreender o papel de cada um desses sujeitos nesse episódio histórico, o livro traz a análise de pesquisas de opinião. Textos e imagens da imprensa – sobretudo do jornal Folha de S. Paulo – e entrevistas com militares.
Feito isto, com essa obra, buscamos contribuir para um processo de “justiça histórica”, dentro da nossa Justiça de Transição, atribuindo responsabilidades a esses sujeitos históricos.
Do Prefácio
‘Vozes de 1964: imprensa, militares e opinião pública é resultado de uma vasta pesquisa empírica que faz pulsar outras vozes. Entre elas, a voz ativa da Ciência da História, ao desvelar dos escombros e das ruínas históricas, a fala silenciada das categorias subalternas em nosso país. As que batalham por sua sobrevivência e por fome de conhecimento histórico. Além disso, ele desnuda as vozes dos autocratas.
O historiador Luiz Antonio Dias, vem num crescendo, publicando com esmero os produtos de suas pesquisas sobre o Golpe de 1964. Os conluios conspiratórios, a disseminação das ideias anticomunistas e antidemocráticas, a fabricação de “notícias” e o modo como elas serão noticiadas. O autor traz o contexto histórico das contradições da modernização excludente, própria de nossa burguesia associada ao capital estrangeiro.
Assim, logo de saída, expõe seus objetivos: circunstanciar as “vozes” contrarrevolucionárias, desnudar as personagens nos episódios históricos e batalhar pela crítica histórico-social dos extermínios, estupros, torturas e o destilamento do ódio e do medo, ao conjunto da sociedade civil, pessoas taxadas de “subversivas” e “inimigos internos”.
Portanto, o que reforço aqui é a intransigência do autor para com os enfrentamentos da vida cotidiana. Os combates da vida e das lutas pela memória coletiva.
Desta forma, requer, como pressuposto, a sua disposição corajosa, sua capacitação subjetiva. Ao mesmo tempo, Luiz conjuga em suas análises, o rigor metodológico, a erudição, a perspectiva da emancipação humana o que, para quem o conhece, deriva de sua própria extração social.
E seu lema preferido vem expresso nas formulações de Walter Benjamin: “Os mortos também não estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer”.
Antonio Rago Filho – Historiador – Professor PUC-SP
[N.E.: Leituras recomendáveis – o professor Luiz Antonio Dias nos brinda também com mais estes 2 livros, formando assim, um conjunto ternário de parceiras e obras importantes que elucidam aspectos da nossa história recente.]