Educação ampla pode favorecer o aprendizado dos professores, o que seguramente se refletirá na formação dos estudantes. Mas, as Universidades e cursos de pedagogia e especializações devem se preparar antes. Entretanto, jogar a culpa e a responsabilidade unicamente sobre professores é a estratégia da elite e seu “projeto” – vide escolas militares.
Fernando Nogueira da Costa
Campinas, São Paulo, 14/05/2025
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Nada influencia tanto a aprendizagem na sala de aula como a qualidade dos professores. De fato, números indicam: no ensino fundamental 1 e 2, esse fator é responsável por 57,76% do desempenho dos alunos das redes municipais. No ensino médio estadual, a parcela é de 36%.
Assim, é a conclusão do estudo do Instituto Península, conduzido pelos professores Fernando Abrucio e Gustavo Fernandes, do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (CEAG), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Para dimensionar a influência, os pesquisadores compararam o peso da docência com outros fatores. Dentre eles, o tamanho das turmas, o grau de escolaridade dos pais, e as diferentes formas de infraestrutura disponível nas escolas, relacionadas com as características do poder executivo.
A pesquisa também identificou três pilares essenciais para a qualidade dos professores.
1. Formação inicial – ‘Portanto, pense nos cursos de Pedagogia, por exemplo, oferecidos pelas escolas EAD, nos cursos de letras ou de quaisquer outras disciplinas do currículo dos ensinos fundamentais I e II e ensino médio. Deixar os professores pensarem sozinhos, sem a formação adequada em sala de aula, para serem criativos sem ter de onde tirar, além da internet, é submeter os alunos a refeições semidigeridas com menos da metade importante. Além disso, sacrifica os professores.’ (N.E.)
2. Políticas de indução à carreira
Deve-se começar a pensar nos salários. Básico. Depois na estrutura das salas de aulas, da escola toda – de banheiros, refeitórios, área verde cultivável, laboratórios e salas especiais (química, física, informática) música e educação física. O governo federal criou as IFES. Escolas modelos com ensino técnico, sem abandonar as disciplinas das Ciências Humanas. Assim, que se cobre, então, dos estados (governadores e secretários de educação) e municípios (prefeitos e secretários) a mesma determinação na criação e manutenção. (N.E.)
3. Desenvolvimento dos profissionais ao longo da carreira. Cabe ao estado, ao município e finalmente ao governo federal determinar as políticas de aperfeiçoamento na estrutura de carreira do professor. Vagas especiais nas universidades devem ser criadas para tanto. Porém, de forma unificada em seus propósitos. Ou seja, uma linha que oriente todos numa mesma direção: formação, desenvolvimento e carreira. (N.E.)
Em todos eles, especialistas em educação apontam obstáculos. “A formação inicial no Brasil é muito falha e piorou demais na última década, com o aumento dos cursos à distância [EAD]”, afirma Abrucio.
Fernando Nogueira da Costa – Profº Dr Titular IE UNICAMP
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A pesquisa – Qualidade dos professores brasileiros
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