Para ver o que nos espera em termos de #tecnologia, devemos olhar em três direções: o passado, o presente e os imaginados futuros da #ficçãocientífica.

Luciana Santa Rita

São Paulo, 20/11 de 2020.

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Nesta provocação, trazida pela professora Luciana Santa Rita, da Lisbon School of Economics Management -ISEG, em Portugal, evoca-se a necessidade de engenheiros, técnicos e pessoal de programação em linguagens de computadores a necessidade de serem mais criativos.

Não no sentido negativo da proposição, como se estes já não o sejam em suas especificidades, mas como um chamado ao aprimoramento do olhar para abordagens mais detalhadas em outras áreas do conhecimento; àquelas que sejam capazes de despertar-lhes o prazer em imersões em outros ‘mundos’.

Mundos possíveis, da arte, da literatura e da ficção enfim, de cultura humanista, como a Filosofia, ou até a Mitologia (de diversos povos e etnias), como uma forma de narrar aspectos da realidade sob a batuta da fantasia, talvez para amenizar-lhe a dureza, a acidez . [N.E. no dia 19 de novembro se comemora o dia da Filosofia].

Assim ela começa:

Quando se trabalha com #cenários, a tendência é algo factível, logo prever o #futuro deve se ir além, visto que a tecnologia não tem agenda própria.

A ficção permite aprender algo que pode ser útil à medida que facilita o pensamento que nos ajuda a considerar muitos #futurospossíveis.

Livros como “Handmaid’s Tale” e “The Left Hand of Darkness” abordam o conceito de #ficçãoespeculativa “forma que força imaginar (ou especular) sobre possibilidades que não se encaixam na sua compreensão do mundo”.

E o que a tecnologia tem a ver com isso? Toda empresa de tecnologia deveria contratar um #escritor de ficção científica, pelo menos se estiver interessada em manter seus mercados.

Há exemplos no artigo https://lnkd.in/es4zTsS de como o Facebook nunca esperou que o TikTok Chinês explorasse seu serviço ou que a Amazon imaginasse que a “Amazon’s Choice” recomendaria termômetros com mau funcionamento

Esse vazio de #pensamentocriativo tem causado problemas no mundo da tecnologia. O que se percebe é que falta planejamento de futuro e não planejamento de produto. Os gigantes constroem produtos para o melhor cenário? E você o que acha?

Luciana Santa Rita – Pós Doutoranda em Tecnologia e Indústria 4.0