Mulheres Inférteis e Endometriose
- julho 11, 2022
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A Saúde Integral das Mulheres tem de ser tema de políticas públicas universais, e não ficar apenas à disposição do mercado e de empresários interessados em lucros.
Problema não é comum, mas não chega a ser raro. Mulheres que queiram ter filhos devem ser aconselhadas e pensar muito a respeito, pois é possível guardar óvulos saudáveis em condições específicas de congelamento para o futuro, a fim de prolongar seu tempo produtivo profissional. É sabido, através das recentes pesquisas que as mães trabalham em jornadas cada vez mais pesadas, e, por isso, a ideia de um planejamento é aconselhável. Até por conta das condições específicas do mercado e das empresas brasileiras (salários sempre 30% inferiores aos pagos aos homens de mesmo cargo/função), e dos direitos do trabalho num sociedade colonial e machista. Recomendam-se também diversos exames antes de adotar as técnicas e adiar a maternidade.
Redação
São Paul0, 11/07/2022.
1 Minuto.
A Saúde Integral da Mulher – Tem de ser Política Pública Universal com amplo apoio do estado e da iniciativa privada!
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que no Brasil 15% das mulheres ou sete milhões sofrem com a endometriose, sendo uma das principais causas de infertilidade nas pacientes. Endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
“Por ter como um dos sintomas a infertilidade, muitas dessas mulheres têm o diagnóstico da doença apenas quando encontram dificuldade para engravidar. Mas, antes de fazer cirurgia, o importante é avaliar a reserva ovariana e, se ela estiver comprometida, a mulher tem a opção de congelar seus óvulos para preservar sua fertilidade”, alertam os ginecologistas e especialistas no assunto da Reprodução Humana.
A relação da infertilidade com endometriose deve-se provavelmente à distorção na anatomia provocada pela doença, com aderências e inflamações pélvicas, que dificultam a implantação do embrião e também na qualidade dos óvulos. Em muitos casos, o diagnóstico tardio pode causar infertilidade, pois há o acometimento
das trompas, além de alterações hormonais e imunológicas. A mulher pode optar pelos tratamentos de reprodução humana e indução da ovulação, sempre realizados por um especialista da área.
“A doença diminui as chances de engravidar entre 12% a 36% . A taxa mês de fecundidade de mulheres com 20-30 anos fica em torno dos 25%. Depois dos 35 anos, cai para menos de 10%. A partir de 40 anos, a queda da função reprodutiva é muito grande. De forma, o ideal é a mulher fazer o congelamento de óvulos entre os 31 a 35 anos. As mulheres na faixa entre 36-40 anos também podem ser beneficiadas, porém com resultados menores de gestações. E com 40 a 50 anos, o sucesso da técnica é mais raro, pois a fertilidade está na fase de rápido declínio”, ressaltam especialistas em reprodução humana.
Infertilidade atinge 15 % da população global, mas tem tratamento. Segundo a OMS (últimos dados são de 2018), no mundo, há cerca de 50 milhões de mulheres com diagnóstico de infertilidade onde, desses, oito milhões são brasileiros.
Os tratamentos propostos à infertilidade são: