Pesquisas indicam que o analfabetismo se apresenta em diversas categorias, e pode chegar, inclusive ao nível universitário

Fernando Nogueira da Costa

Campinas, São Paulo, 20/05/2025
2.2 Minutos.

O Brasil tem 29% de analfabetos funcionais. O patamar é o mesmo de 2018, o que indica que o país não evoluiu na questão do alfabetismo nos últimos seis anos. Além da proporção de analfabetos funcionais entre 15 e 64 anos se manter inalterada, os alfabetizados em nível elementar (que conseguem compreender textos de tamanho médio, mas com dificuldade) somam 36% da população brasileira.

Estes dados estão postos de acordo com a nova pesquisa sobre analfabetismo funcional do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf). A edição com dados de 2024 está sendo divulgada, depois de seis anos de intervalo pelo obscurantismo da extrema-direita. O percentual de analfabetos funcionais passou de 39% em 2001 para 27% em 2011, voltando a crescer sete anos depois.

Dentre os jovens, o analfabetismo funcional teve um pequeno aumento. Em 2018, 14% dos jovens de 15 a 29 anos estavam nessa condição. Em 2024, esse percentual subiu para 16%. No grupo entre 30 e 39 anos, 22% são analfabetos funcionais, na faixa de 40 a 49 anos a taxa é de 34%.

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Dentre aqueles entre 50 e 64 anos, o percentual de analfabetismo funcional chega a 51%, segundo o levantamento coordenado pela organização Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, em co-realização com a Fundação Itaú e parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Instituto Unibanco, a Unesco e o Unicef.

Para a pesquisa, que mapeou as habilidades de leitura, escrita e matemática da população dos 15 aos 64 anos em 2024, foram entrevistadas 2.554 pessoas entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. A margem de erro é de dois a três pontos percentuais.

Fernando Nogueira da Costa – Profº Drº. Titular IE UNICAMP

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