Turismo Paulistano – Os desserviços dos programas tradicionais de comunicação nas TVs abertas, em vez de chamar a atenção dos gestores na busca por soluções aos graves problemas das grandes cidades, acabam se tornando ferramentas de propagação do ódio, da incompetência, do abandono. Panfletos políticos e ideológicos. Praticam a desinformação. 

Redação

São Paulo, 24/07/2023

2 Minutos.

Uma série de programas de origem e índole duvidosas invadiu as TV comerciais-abertas das sala dos paulistas e paulistanos, diariamente. O teor de suas informações, escolhidas a dedo tem a mesma tessitura do sabor, e o valor das quantidades de calorias, proteínas, vitaminas e sais necessários para deixar a sua mente entorpecida e doente de medo. Uma sala plena de comensais gordurosos e mal nutridos.

Ah! Não é crítica àqueles programas de desafios culinários, nos quais os donos de restaurantes e bares de grife, patrocinados por marcas de comida “inorgânica” bem embaladas, com informações nutricionais falsas e ‘preço de banana’. Pelo contrário, eles até que ajudam a movimentar a economia, revelando um assistente de cozinha, chef aqui, um futuro garçom ali etc…

Refiro-me, em específico, aos televisivos policialescos, com falsos jornalistas gritando slogans publicitários e frases prontas, enchendo a boca para negociar com a morte, com o crime, com os malfeitores. A vida como eterna luta entre ladrão x polícia, o bem contra o mal.

“Eu vim para confundir, não para explicar!”

O pano de fundo ideal seleciona e expõe milhares de mendigos, pobres e drogados nas ruas sujas da cidade. Mas, todos os dias os caminhões da coleta profissional, os catadores e recicladores individuais, pequenos empreendedores da necessidade, passam e fazem a “limpeza”. Inútil.  Como o salão de um casarão abandonado, ratos, baratas, formigas e moscas frequentam os espaços carcomidos entre pares humanos.

O máximo que noticiam em seus vomitórios diários não ultrapassam a linha media baixa da cintura.

Seus comentários mantém os pés fixos nos intestinos. Jamais ousam sequer tentar explicar o porquê dos fatos. Não lhes interessa! Não é disso que se alimentam.

São os comensais de uma mesa suja, e o prato principal parece ser o horror!

De fato, é isso que procuram causar. Repulsa, medo, ojeriza na busca por deixar transparecer uma falsa naturalidade, amplificando a força que puxa as pessoas para baixo, para sua animalidade rastejante. E ganham somas enormes de dinheiro, já que outros devem estar faturando cem vezes mais do que eles. O círculo maldito do inferno.

Interesses políticos e financeiros.

Não importa a tendência, a corrente partidária a ocupar o poder temporalmente. Seja qual for, ela é só outra vítima de seu vampirismo contumaz. Pode até ser uma jogada de marketing comercial: ao sinalizar que apoia uma tendência X atrai um público específico durante certo tempo, depois a ataca e parte para outra, com vistas a outro grupo de interesses. O jogo da hipocrisia que finge resolver o que não se resolve.

Assim, vão de galho em galho, soltando sobre as cabeças alheias seu destempero melífluo, desinformante, confuso e caótico. Lucrativo. Objetivos atingidos. Passam a tarde inteira se refastelando no lixão social das cidades. Sempre alertas. Dizem que praticam o jornalismo policial.

Mas, na verdade emporcalham a profissão, e denigrem a imagem das forças de segurança pública   ao reduzir-lhes a importância e abjetos “lixeiros” sociais.