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O Homen de Neandertal

  • fevereiro 15, 2025
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O Sapiens surgiu bem antes, na África e migrou pelo resto do mundo. Encontrou Neandertais ao Norte e ocorreram (in)(al)terações entre eles.

O Homen de Neandertal

O Homem de Neandertal era alto, forte, olhos verdes, e acordava cedo.

O Homem de Neandertal era alto, forte, olhos verdes, e acordava cedo. O Homo Sapiens era mais baixo, um pouco mais fraco, olhos de castanhos a negro, e acordava mais tarde. Um pouco preguiçoso. O “primeiro inglês”, de 10.000 anos atrás, como na mostra exposta no Museu de História Natural de Londres.

Tinha pele negra, começando a clarear, cabelos enrolados, olhos azulados, na transformação do negro para o branco. Despigmentação da pele por mudanças alimentares da carne para o peixe e menor incidência do sol. Desbotou-se.

Miscigenamos com os Neandertais há 50 mil anos atrás, e os eliminamos. Éramos mais inteligentes e mais ágeis, nossas lanças eram mais leves e perfurantes. Tomamos o planeta para nós. Vocês já notaram que, na história, toda vez que eliminamos um grupo é porque ele era mais perigoso? Triste paradoxo, como se sobrevivesse sempre o mais ético ou o melhor. É a nacionalização da bondade, dos vitoriosos, como se o outro lado fosse sempre ruim, incapaz de sentimentos.

O Homen de Neandertal
Chris Hedges e Yuval Noah Harari. (Img. Web)

Segundo o livro “What every person should know about war”, (em língua portuguesa: O que cada um deveria saber sobre guerras) de Chris Hedges, dos últimos 3.400 anos da história tivemos somente 268 anos de paz, 8% do tempo total dos tempos da eterna guerra.

Noah Harari, em “Sapiens: uma breve história da humanidade”, diz que o homem é um “acidente biológico”, que deve desaparecer possivelmente em “um século ou mais”. Um acaso da evolução, e de irracionalidade extrema.

Homo indifferens perditus

Somos um belo planeta, com terra, água e ar, estes dois últimos cada vez mais rarefeitos. A ecologia não é uma preocupação para o homem, posto que o lucro imediato supera a expectativa do encurtamento futuro da sobrevivência dos nossos descendentes, ou decadentes.

É sempre assim. Secaram-se os rios da Amazônia? Vamos esperar, que depois chove! Inundou-se o Rio Grande do Sul? Esperamos secar, ou mudamos para o mais alto! Queimou-se Los Angeles? Melhor construir novamente em áreas mais verdes! A elite pensa que irá sobreviver, sem lembrar que ela depende de sociedades numerosas e economicamente organizadas para a produção dos bens dos quais desfruta. E o homem, tipo como “Sapiens”, segue a sua sina para um futuro tenebroso.

E “Assim caminha a humanidade”, como no filme de George Stevens, com  Elizabeth TaylorRock Hudson e James Dean, na briga pelo petróleo. Que pena que o petróleo acaba.

Ricardo Guedes Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago e Autor

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