05/06/2025
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Os Novos Reais Assassinos da Democracia

  • junho 3, 2025
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Poder e dinheiro - verdadeiros assassinos da honra, da decência - a festa do capital corrompe. Ligados à Virtú e à Fortuna corrompem totalmente.

Os Novos Reais Assassinos da Democracia

Plutocratas norte-americanos e do Ocidente branco – Europa – ditam regras e atacam os princípios republicanos das democracias nacionais. No Brasil, os ataques dos partidos de centro e das oligarquias de direita, com forte apoio de sistema financeiro e algum empresarial são constantes.

Como as democracias morrem pela ação de estratégias calcadas em estratagemas e táticas divisionistas.

No início de 2018, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, professores de Ciência Política da Universidade de Harvard, lançaram um livro que logo se tornou um sucesso de público, com tradução para mais de 20 idiomas.

Como as democracias morrem” (Editora Zahar, 2018) apresentava uma análise detalhada e de leitura fácil sobre governantes eleitos que minam instituições democráticas. Sem tanques, tiros ou golpes e, sim, explorando as brechas do sistema e da ordem estabelecida, esses líderes com pendores autoritários são retratados como as novas ameaças ao jogo democrático.

Os Novos Reais Assassinos da Democracia
Morte das Democracias? (Img. Web)

Levitsky e Ziblatt nunca tiveram ilusões sobre Donald Trump. Quando o livro saiu, Trump havia terminado o primeiro ano de seu primeiro mandato.

Sua atuação ligava os alarmes sobre o risco do autoritarismo e do enfraquecimento da democracia nos EUA.

Mas até aquele momento, asseguravam os autores, as grades de proteção da democracia estavam em pé. O limite não tinha sido ultrapassado.

Limites da honra, da decência – Emergem os subterrâneos da Ética e da Moral

Sete anos depois (e quatro meses depois do início do segundo mandato de Trump), Levitsky diz que ele e Ziblatt estão menos otimistas. As grades de proteção parecem mais fracas. “Acho que estamos perdendo nossa democracia, mas a maioria dos cidadãos não percebe isso”, disse Levitsky, na cidade de Boston – Massachusetts, em entrevista ao jornal Valor (07/05/25), por vídeo. Sua análise tem as tintas de uma frente de batalha.

A Universidade de Harvard, a mais prestigiosa dos EUA, tornou-se alvo do governo*. Sob pretexto de cobrar medidas que impeçam que atos e posições pró-palestinos no campus desgarrem para o antissemitismo, o governo tenta impor um pacote de restrições à universidade.

[*N.E.: Como as nossas na (indi)gestão Bolsonaro-Weintraub.]

Neste constam a inclusão mudanças no processo de seleção e como temas acadêmicos são tratados em sala. Além disso a emissão de visto de entrada e admissão de alunos e professores de outros países. A universidade resiste falando em autonomia acadêmica, mas já foi punida com corte de repasses.

Fernando Nogueira da Costa – Profº. Dr. Titular IE UNICAMP

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Sugestão – Um filme interessante: Elysium

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