Ponto de Não Retorno
- julho 28, 2023
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O filme Oppenheimer reabre uma discussão jamais finalizada. A não ser que... Os países que detém tecnologia nuclear e bombas podem destruir o mundo. Muito Cuidado!
O filme Oppenheimer reabre uma discussão jamais finalizada. A não ser que... Os países que detém tecnologia nuclear e bombas podem destruir o mundo. Muito Cuidado!
Redação
São Paulo, 28/07/2023
2.3 Minutos.
“Este ano, o Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos avança os ponteiros do Relógio do Juízo Final, em grande parte (embora não exclusivamente) por causa dos crescentes perigos da guerra na Ucrânia. O Relógio agora marca 90 segundos para a meia-noite – o mais próximo de uma catástrofe global que já esteve.
A guerra na Ucrânia pode entrar em um segundo ano terrível, com ambos os lados convencidos de que podem vencer. A soberania da Ucrânia e os acordos de segurança europeus mais amplos, mantidos em grande parte desde o fim da Segunda Guerra Mundial, estão em jogo. Além disso, a guerra da Rússia contra a Ucrânia levantou questões profundas sobre como os Estados interagem. Ocorre corrosão acentuada nas normas de conduta internacional que sustentam respostas bem-sucedidas a uma variedade de riscos globais.
E o pior de tudo, as ameaças veladas da Rússia de usar armas nucleares lembram ao mundo que a escalada do conflito – por acidente, intenção ou erro de cálculo – é um risco terrível. A possibilidade de que o conflito saia do controle de alguém permanece alta.
A quantidade de ogivas nucleares (warheads) no planeta – clique aqui – e escolha-os. (Img. Web)
As ações recentes da Rússia violam décadas de compromissos de Moscou. Em 1994, a Rússia juntou-se aos Estados Unidos e ao Reino Unido em Budapeste, Hungria. Declara solenemente que “respeitaria a independência e soberania e as fronteiras existentes da Ucrânia”. Afirma também “abster-se de ameaça ou uso da força contra a integridade territorial ou independência política da Ucrânia…”
Essas garantias foram feitas explicitamente no entendimento de que a Ucrânia abandonaria as armas nucleares em seu solo e assinaria o Tratado de Não-Proliferação Nuclear – ambos os quais a Ucrânia fez.
[N.E.: Desde 1992 do sec. XX, as relações entre Europa e Rússia se encresparam (ver antes os motivos e efeitos da 2ª Guerra). Entretanto os EUA e países ocidentais europeus arquitetaram o controle sobre o território Ucraniano, e em 2014 um movimento político orquestrado procurou estabelecer domínio sobre o país. A Rússia reagiu.]
A Rússia também levou sua guerra aos locais dos reatores nucleares de Chernobyl e Zaporizhzhia (os perigos de acidentes nucleares são enormes – pode-se, com isso chegar a um ponto de não retorno), violando protocolos internacionais. Arrisca-se muito a liberação generalizada de materiais radioativos (desde Hiroshima, Nagasaki, Chernobil, Three Miles Island, Fukishima). Os esforços da Agência Internacional de Energia Atômica para proteger essas usinas têm sido, em grande parte, rejeitados.”
[N.E: a posição do Brasil é de crítica independente, mesmo fazendo parte dos BRICS, mantendo relações bilaterais da agenda comercial e amizade com os EUA e com a Europa. A OTAN com os EUA fazem o mesmo que fizeram com a Alemanha em 1945/46 – Juntos os aliados com apoio da ex-URSS impedem o avanço do nazifascismo hitlerista.
Não se pode comparar os eventos, mas há similaridades. A Ucrânia está dividida entre a pujança do modo de vida ocidental e sua relação histórica de berço com a Rússia. Um cordão umbilical as une, a partir de territórios comuns, língua e cultura.
Comparativamente, resguardando todas as diferenças, seria o mesmo que tentar separar a Califórnia dos EUA e eliminar a influência latina na região. As riquezas ucranianas não se baseiam apenas em terras agricultáveis, muito ricas – um celeiro que interessa diretamente à Europa. Há desenvolvimento tecnológico e poder nuclear e armamento biológico concentrado no país.
O país encontra-se numa posição delicada, como a de uma fêmea disputada por dois machos briguentos, ao mesmo tempo em que apanha dos dois! O que se teme é o ponto de não retorno]