Posições – Preposições e Proposições
- janeiro 31, 2025
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O que é o poder senão a capacidade de fazer pelo povo, pela sociedade como um todo, a expressão das necessidades básicas da vida?
O que é o poder senão a capacidade de fazer pelo povo, pela sociedade como um todo, a expressão das necessidades básicas da vida?
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São Paulo, 31/01/2025
4.7 Minutos.
Começo este textos convidando-os a lerem os termos seguintes: A pressa e a prudência nos tempos do capital tecnológico e em seguida: Excertos de Política e Poder, ambos encontrados no blog Pensociológica WordPress.
O caráter crítico deles deve-se a minha atração pela Filosofia e a Sociologia, duas veredas ‘vitimas’ da divisão acadêmica de um único caminho analítico, notadamente a partir de meados do século XIX baseado no tripé intelectual Emile Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Também pela minha aproximação da Ciência Política, ainda que a tônica jornalistica seja o entendimento dos partidos políticos e suas patranhas eleitoreiras, na luta pelo poder.
Até a bem pouco tempo atrás, eles lutavam por exposição em midias tradicionais como TV, a mais importarte, rádios e mídia impressa. Atualmente, o foco é a exposição nas redes sociais, atrás de likes e disseminação. Tendências e tecnologias evoluem juntas. Aliada a estes expedientes necessários a sua presença entre eleitores e votos, para a efetiva participação no cenário da disputa, estava a proximidade ao executivo majoritário. O porquê é de uma simplicidade visceral: cargos e indicações nos primeiros e segundos escalões do poder central. Um ministério, uma secretaria, uma diretoria. São brindes atraentes o suficiente para justificar certas cessões nas relações de troca. Sempre se falou muito em toma lá da cá. Balcão de negócios. E a força para coexistir neste “esquema” repousa na capacidade de negociação. Um objetivo claro e definido: a sucessão.
Explico. São vários partidos políticos compondo o quadro do poder – executivo e legislativo. Em cada uma destas casas há um chefe, um político experiente e capaz de lidar com as agruras de seu cargo. Entretanto, sua força vem de canais específicos, apoio dos filiados, dos partidários, do povo eleitor (a mais importante, e muitas vezes negligenciada), da mídia, que se diz o quarto poder, e também das elites financeiras e econômicas. Qualquer uma delas tem o condão de balançar e até derrubar (numa correlação de forças) o ocupante do cargo maior. Vimos isto no exercício do impeachment de 2 presidentes eleitos pelo voto democrático. Podemos também pensar numa Poliarquia, um conceito interessante e bem mais abrangente, mas que jogaria o processo todo num enorme marasmo. Ponto de vista.
Para exercer o poder há pelo menos, duas situações distintas, aida que se mesclem em situações específicas: ou capacidade administrativa e de negociação ou o uso da força. A primeira é natural dos poderes civis, que se baseia na defesa dos interesses populares e da maioria – e por isso chamada de Esquerda. Outra é comum aos militares e sua natural afeição a brutalidade, pouca conversa e incapcidade de perceber nuances. Ainda que aceitem o perfume e o charme discreto de serpente burguesa. A direita.
Entendem, entretanto que não prescindem uma da outra. Assim, temos o quadro que suporta o poder, de forma generalista: Força e Dinheiro, o que Nicollo Machiavelli cunho de “virtu e fortuna.” Ambos procuram agradar uma parte da sociedade: a direita os ricos, a burguesia, a proprietária e detentora dos meios de produção, como diria Karl MArx, e a esquerda aos trabalhadores, àqueles que tem a força de trabalho como a única mercadoria a ser trocada por dinheiro*.
*Dinheiro é só um símbolo. O que o lastreia, além do ‘ouro’ de Bretonwoods, é a força, a capacidade criativa e de execução de um povo, de sua sociedade. Portanto, impedir a força do povo, de sua criatividade, de sua capacidade inventiva, de descobrir, transformar as riquezas de seu papis, é o maior crime que o poder pode cometer. Significa, mantê-lo subdesenvolvido, escravizado, pobre, feio, doente e analfabetizado. E este é o jodo das elites endinheiradas internas e esternas, pois a competição, pela quantidade (eles são 1% da população e detêm 90% das riquezas que a população gera), é capaz de derrubá-las de seu poder. Isto também explica o porquê da espada, dos canhões e dos fuziz, das ditaduras, dos reis, dos impérios, das religiões alienantes. Qualquer observação mais atenta da história e de seu desenrolar no tempo acende as luzes da escuridão e da ignorância.
Agora relacione isto com os textos que sugeri no primeiro parágrafo e tire as suas conclusões. Depois me diga a qual classe social você pertence e contra quem você “luta”.
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