Quantos contos de Réis?
- março 25, 2022
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Vários Contos de Reis de Volmer Silva do Rêgo pode ser encontrado na versão eletrônica em amazon.com.br
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São Paulo, 25/03/2022
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O livro Vários Contos de Réis, leva o título de Viários Contos de Réis e Um de Terror na Amazon , é de autoria do Publisher, Professor e Jornalista que faz a revista AEscolaLegal, e traz em sua fortuna crítica ausências construídas no passado. Recolhidos desde 1980, portanto, lago seco de memórias intangíveis, ganhou a 1ª edição impressa em 1997 e uma reedição eletrônica em 2015, mas já lançava com ímpeto ao futuro pretérito – 25 de março de 2022 passará daqui há algumas horas -, um vislumbre de onde ‘andavam’ e flanavam a cabeça e os pés do autor e dos muitos que o acompanham em narrativas breves, concisas, bem-humoradas, sempre dotadas de agudo senso ético, crítico e social.
Por acaso, ouvi, no dia 21 deste mesmo mês, numa entrevista de um programete pretencioso da TV uma jornalista e um filósofo conversando sobre inteligência e notoriedade, no qual discutiam, risonhos e tagarelas, o modo correto de se comportar em encontros de gente pretensamente sábia. Era algo sobre etiqueta, a pequena ética, que o professor e melhor filósofo Renato Janine Ribeiro já discorrera tempos atrás, como muito mais propriedade em outro programa da mesma emissora de TV. Digo que os ouvi porque não tive muito interesse em assistir.
Neste atual, a jornalista traz convidados que dizem o que pensam sobre o tema em questão. Uma das convidadas (ela mandou o seu comentário pela web), professora doutora de Literatura de uma conceituada escola superior de São Paulo disse que a Arte não deve se pautar – ou seja, não deve estar a serviço de uma temática, pois isso tira sua grandiosidade, sua liberdade criativa, e a espreme num canto desinspirado.
Ela deveria dizer isto aos arquitetos dos templos góticos, dos 1200, ao senhor Dante Alighieri, ou a JSBach, a LWBeethoven, aos grafiteiros que delineiam abstrações e realidade da capital paulista. A tantos outros…Eles ririam na cada dela. Talvez ela devesse pensar em Umberto Eco, por exemplo. Talvez ela imagine que Pollock seja O grande artista… Talvez Congo, o chimpanzé o seja! Mas, ela citou um irlandês hedonista, Oscar Wilde, autor de O retrato de Dorian Grey. O livro é uma previa da sociedade da hipervalorização da imagem (do espelho – do eidolon ou do idolum). E então eu pergunto qual é a matéria prima das obras de Arte, da Literatura, da Arquitetura, da Música, senão a vida, as pessoas, a natureza? E quando alguém escreve o faz sobre o que? Sobre a vida, sobre as pessoas… Dá para fugir das temáticas?
Eis porque o gênero conto, breve, com unidades temáticas, temporais, um só drama, em um só tempo, uma só ação e uma só historia (para recuperar as aulas de Massaud Moisés) foi o meu escolhido, porque apesar de todas as limitações, ele é ilimitado em suas temáticas. Sociais, políticas, pessoais e deu neste pequeno livro.
Se eu tentei fazer arte? Sim, arte literária, mas antes de tudo eu simplesmente escrevi o que me interessava: temas escolhidos para fazer fluir minha liberdade criativa. Ah! Não cito os nomes da professora, da jornalista e do filósofo ou do programa porque eles não precisam de espelhos.
Não na idade da imagem – não os quero refletir, dado que ainda não acrescentaram nada à minha existência, e qualquer tentativa seria vista como um deformação.
São 21 contos – 141 páginas – apresentado (orelhas) por Melvor Gröe , e todos têm a ver comigo e com o leitor.