Pessoas em todas as regiões do mundo estão cada vez mais vendo sua saúde ser afetada pelas mudanças climáticas. As principais tendências observadas em relatórios anteriores de contagem regressiva do Lancet estão piorando e exacerbando as desigualdades sociais e de saúde já existentes – o relatório de 2021 fornece um código vermelho para a saúde. O Relatório de 2021 rastreia a relação entre saúde e mudança climática em cinco domínios principais e mais de 40 indicadores. Atenção maior para os países em desenvolvimento na América do Sul, Latina, África e Ásia.

Redação

São Paulo, 21/10 de 2021.

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The Lancet Countdown é uma colaboração internacional que monitora de forma independente as consequências para a saúde de um clima em mudança. Publicando indicadores atualizados, novos e aprimorados a cada ano, o Lancet Countdown representa o consenso dos principais pesquisadores de 43 instituições acadêmicas e agências da ONU. Os 44 indicadores deste relatório expõem um aumento ininterrupto nos impactos da mudança climática na saúde e as atuais consequências para a saúde da resposta atrasada e inconsistente de países ao redor do globo – fornecendo um imperativo claro para uma ação acelerada que coloque a saúde das pessoas e do planeta acima tudo o mais.

MENSAGEM CHAVE

Todas as regiões do mundo são afetadas pelas mudanças climáticas e seus impactos na saúde estão piorando. Estamos vendo extremos de calor mais frequentes e intensos prejudicando a saúde das pessoas em países ricos e pobres; 72% dos países viram um aumento na exposição humana a incêndios florestais; a adequação ambiental a transmissão de doenças como dengue, malária e cólera está aumentando em todo o mundo; e em 2020, até 19% da superfície global da terra foi afetada por secas extremas em um determinado mês – colocando as pessoas em risco de insegurança alimentar e hídrica. Combinado com medidas de adaptação insuficientes, as pessoas mais vulneráveis ​​são as mais afetadas, e as mudanças climáticas já estão exacerbando as desigualdades.

MENSAGEM CHAVE

Com os compromissos atuais colocando o mundo no caminho para um aquecimento de 2,4 ° C, o custo da inação no clima e na saúde superará em muito os custos de agir agora. A rápida descarbonização poderia prevenir a maioria das 3,3 milhões de mortes por poluição do ar que ocorrem a cada ano, as 842.000 mortes associadas ao consumo excessivo de carne vermelha, e resultar em melhor saúde física e mental devido à maior exposição à natureza e mais atividade física.

MENSAGEM CHAVE

A pandemia COVID-19 demonstrou a necessidade de maior cooperação internacional em face de crises globais. A recuperação do COVID-19 apresenta uma oportunidade sem precedentes de investir em um futuro de sustentabilidade econômica e ambiental, melhoria da saúde e redução das desigualdades. No entanto, isso só será possível se o mundo agir em conjunto para garantir que nenhuma pessoa seja deixada para trás. Os tomadores de decisão devem agir hoje e mostrar uma liderança forte. 

Um futuro melhor ainda é possível.

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