16/05/2025
Economia Política Educação Ambiental Sustentabilidade

Relatórios de Sustentabilidade Já

  • fevereiro 28, 2025
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Empresas que não se adequarem às normas de Sustentabilidade e ESG perderão espaço competitivo e estarão fora da lei.

Relatórios de Sustentabilidade Já

O propósito de emitir Relatórios de Sustentabilidade se baseiam no seu poder de combater onda anti-ESG. Eles serão obrigatórios a partir de 2026, seguindo as normas internacionais que padronizam indicadores e expõem empresas que não possuem práticas reais de sustentabilidade.

Redação

A postura contrária à agenda climática e às práticas de ESG do presidente norte-americano, Donald Trump, pode enfraquecer a adesão de empresas de capital aberto daquele país a relatórios financeiros de sustentabilidade e a ações nessas áreas. Sob novo comando, o órgão que regula esse mercado, a SEC (Securities and Exchange Commission), dá sinais de que deve reverter regras implementadas na gestão anterior.

No entanto, esse movimento não deve alcançar as empresas brasileiras. Para o professor Edison Fernandes, coordenador do MBA em Relatórios Financeiros de Sustentabilide da Trevisan Escola de Negócios, as exigências de relatórios de sustentabilidade vêm crescendo. Assim, a exemplo das regulamentações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A CVM emitiu a resolução 193 em 2023, que dispõe sobre a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras. Estas são relacionadas à sustentabilidade com base nas normas IFRS1 e IFRS2, do International Sustainability Standards Board (ISSB). A iniciativa colocou o Brasil à frente dos outros países. Portanto, em 2024, companhias abertas, fundos de investimento e firmas securitizadoras já puderam, em caráter voluntário, publicar o relatório anual seguindo os novos padrões.

A IFRS1 diz respeito a um conjunto de requisitos para divulgação de riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade. A IFRS2, por sua vez, deve ser aplicada juntamente com a primeira, e estabelece a comunicação específica sobre o clima. Ambas representaram um marco significativo na busca por uma padronização global, oferecendo benefícios tangíveis para empresas e investidores.

Dentro da legalidade ou perdas.

“A preparação do relatório de informações financeiras de sustentabilidade passou a ser uma obrigação legal no Brasil. As empresas podem até não ter o que divulgar. Porém, deverão informar que não têm iniciativas de sustentabilidade ou relacionadas às questões climáticas”, diz Fernandes. Dessa forma, os relatórios irão expor quem ainda não possui iniciativas, o que compromete a sua competitividade e a sua valorização no mercado. “Com as regulamentações, as empresas não podem divulgar apenas o que desejam, mas o que estiver dento das exigências normativas.”

O professor Alexandre Furtado, também coordenador do MBA em Relatórios Financeiros de Sustentabilidade da Trevisan, ressalta que os reportes de sustentabilidade trazem uma visão mais clara sobre os objetivos e compromissos das empresas. “Vai muito além de garantir conformidade com as normas locais e internacionais. Contudo, os reportes financeiros de sustentabilidade atraem investidores comprometidos com as práticas sustentáveis, fortalecem a relação com os stakeholders e permitem a mitigação de riscos e ameaças”, completa.

Para discutir o tema, a Trevisan Escola de Negócios realizará no dia 12 de março, das 14h às 15h, debate com foco nos impactos das novas normas nas empresas brasileiras.

O evento será online e poderá ser acompanhado pelo canal da instituição no Youtube.
Inscrições podem ser feitas clicando aqui

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