Revoluções: Políticas e Econômicas
- agosto 8, 2024
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Aconteceram muitas revoluções políticas, subitamente, mas as revoluções econômicas não aconteceram da mesma forma. Fernando Nogueira da Costa Campinas, SP
Aconteceram muitas revoluções políticas, subitamente, mas as revoluções econômicas não aconteceram da mesma forma. Fernando Nogueira da Costa Campinas, SP
Campinas, SP – 08/08/2024
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Aconteceram muitas revoluções políticas, subitamente, mas elas não aconteceram da mesma forma das revoluções econômicas. Enquanto as primeiras ocorreram de forma surpreendente e rápida, as revoluções econômicas tenderam a ser processos mais graduais e complexos.
Por exemplo, no caso da Revolução Francesa, ela começou com a queda da Bastilha, em 1789. Rapidamente levou à abolição da monarquia absoluta, à execução do rei Luís XVI e à proclamação da Primeira República. Essas mudanças políticas ocorreram em questão de anos.
Revoluções: Políticas e Econômicas
Em contrapartida, embora tenha introduzido algumas reformas econômicas, como a abolição do feudalismo e a redistribuição de terras, a transição econômica para uma economia capitalista mais desenvolvida foi gradual. Levou várias décadas até se alcançar um desenvolvimento econômico propício ao Estado de Bem-Estar Social.
Outro exemplo foi a Revolução Russa de Fevereiro de 1917, quando se derrubou o czar Nicolau II. A Revolução de Outubro, no mesmo ano, levou os bolcheviques ao poder, estabelecendo o primeiro estado socialista do mundo em questão de meses.
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Revoluções: Políticas e Econômicas
[N.E: Uma abordagem mais fenomenológica nos traz a sugestiva compreensão que as revoluções políticas engendram as revoluções econômicas, se as entendermos como germinais na percepção das grandes diferenças e dos espaço cada vez mais ampliados entre as classes sociais. Na dialética marxista o motivo da revolução política brota da desconfiança e da descoberta que o regime político opressor do capital acumulado pelas elites transforma-se em poder. Desta forma exerce enorme pressão a fim de impedir a ascensão, portanto a competição entre quadros sociais. Usando-os ora como barreiras, ora como exercícios de motivação e moderação, a fim de manter o status quo.
As elites por sua vez sofrem a pressão “que vem de baixo” e reagem reformulando suas estratégias e embaralhando as cartas. O raciocínio nos leva às disputas entre posições hierárquicas, definições de cargos e funções e a criação de estruturas aparentemente flexíveis, mas essencialmente imobilizadoras, ainda que calcadas em dinâmicas próprias. Sua função é deixar restrito a um espaço específico, um campo de batalhas (departamentos) em que os contendores visam subir um degrau na escala da empresa, sem contudo jamais alterarem sua condição de empregado, sua real situação no âmbito do trabalho e no social.]
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Fernando Nogueira da Costa – Professor Titular do Depto. de Economia UNICAMP
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