17/05/2025
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TV x Redes Sociais

  • setembro 9, 2024
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De promessas mirabolantes, prêmios e valores pagos aos seguidores, narrativas e histórias sem pé nem cabeça avançam nas redes sociais e arrastam desesperados e ignorantes.

TV x Redes Sociais
Um grande embate entre duas tecnologias ocupando o espaço nas mentes e nos corações das pessoas – geralmente manipuladas por ambas – e sempre de acordo com interesses que pairam acima dos pacientes espectadores-internautas.

As disputas eleitorais ao cargo de prefeito, especialmente na cidade de São Paulo, evidenciando um grande embate entre os meios de comunicação. O fato está, provavelmente, bem além das propostas, partidos e até das ideologias convencionais.

Nestas eleições um fenômeno que já vinha se configurando está se consolidando com o crescimento da influência das redes sociais e seus operadores sobre a conquista de eleitores e a decisão sobre o encaminhamento do voto.
Percebe-se o surgimento de uma espécie de “Nova Ideologia” que, para efeito de compreensão, podemos chamar de “Ideologia de Rede“.

Na verdade, esse processo praticamente substitui o candidato/político convencional por uma figura muito próxima do que se convencionou chamar de “Influencer“. São personagens que operam nas redes sociais com muita competência e assim, acabam se tornando verdadeiros ídolos dos internautas. Iludidos, sem espírito crítico assumem as sínteses/orientações e até os comportamentos produzidos e induzidos pelo candidato influencer.

Comprando seguidores

Sem contestação e estimulados agora por um verdadeiro servilismo, decorrente da idolatria e muitas das vezes impulsionadas por remunerações, funcionam como multiplicadores fiéis. Assim, se satisfazem pela sensação de participação (pseudoprotagonismo) de um grande ajuntamento/rede de sub personagens agregados pelo “ídolo influencer”.

Entretanto os meios convencionais de comunicação, notadamente a televisão, ainda exercem papel central na comunicação eleitoral. Muito especialmente para os candidatos/partidos que dispõem de tempo importante de exposição na telinha em milhões de casas.

Um exemplo significativo é a eleição paulistana. O candidato influencer Pablo Marçal atua vigorosamente nas redes sociais. Graças a isso dispõe, de saída, de mais de 15 milhões de seguidores, mas não dispõe de tempo de TV. Enquanto a comunicação via TV não estava liberada, Marçal cresceu de forma rápida e robusta através da utilização das redes sociais nos termos que foram referidos anteriormente.


Entretanto, a partir da entrada do chamado horário eleitoral, com os demais candidatos tendo acesso à Televisão, as pesquisas revelam uma diminuição na velocidade de crescimento do candidato influencer e a perspectiva de maior equilíbrio na disputa configurado no estabelecimento de um grande embate da TV X Redes Sociais.

Ou seja, um embate entre o chamado “influencerismo” e os processos convencionais de obtenção de apoio e votos.
Acreditamos que esse embate deverá definir o acirrado pleito disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Lucio Maluf – Sociólogo – Membro Diretório Nacional do PDT – Fundação Leonel Brizola

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Marcos Rodrigues de Lima
8 meses atrás

BOA TARDE. REALMENTE AS MIDIAS SOCIAIS ESTÃO TOMANDO CONTA DOS ESPAÇOS POLITICOS MAS REDES SOCIAS E DA BASTANTE VISIBILIDADE AO CANDIDATO QUANDO REALMENTE O CANDIDATO PAGA INPUNCIONAR AS MIDIAS. MAS EM CIDADE AINDA PEQUEMA DE INTERIOR TEM MUITOS E MUITOS BAIRROS ONDE MORAM FAMÍLIAS QUE AINDA NÃO TEM ASSESSO A INTERNET !! TEM PESSOAS IDOSAS OU ATÉ MESMO JOVENS NÃO TEM ASSESSO , PORISO AINDA TEMOS QUE FAZERMOS OS TRABALHOS COMO ANTIGAMENTE IR AS CASAS E DISTRIBUIR PANFLETOS E CONVERSAR COM OS ELEITORES. MARCOS. PDT LENCOIS PAULISTA