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Manifesto de Independência

Quando o português Dom Pedro I, declarado príncipe regente e herdeiro do trono de Portugal, bradou a nossa independência do trono lusitano, ele não criou a república brasileira, o que seria  movimento histórico efetivo, natural e seguinte à independência. Um passo atrás na lógica dos fatos e acontecimentos necessários para o avanço. As razões para isso devem ser analisadas e criticadas cientificamente, com base nos atuais conhecimentos e nas pesquisa racionais, para entendermos os mecanismos utilizados à época. A sequência dos fatos é descrita nos alfarrábios oficiais: ele é chamado de volta a Portugal, deixa seu pequeno filho Pedro II como sucessor, mas a estrutura estatal implantada pelo antigo rei, seu pai, permanece e o Brasil continua com os afazeres e ônus de colônia servil. 201 anos após a declaração, não atingimos o status concreto de República Democrática. Qual independência estamos comemorando? O que nos falta, efetivamente? (N.E.)

Redação

São Paulo, 7 de Setembro de 2023 (200+1 da Independência)

A primeira independência brasileira esgotou-se e está inacabada. O estado herdado está longe daquele necessário. Os vários níveis de soberania – desde a alimentar até a digital, ambiental e espacial – estão precarizados e fragilizados.

A engenharia, expressão aguda da sofisticação de um país, foi deliberadamente desmontada, processo que recrudesceu nestes últimos seis anos.

Lutamos pela segunda independência.

É preciso libertar o brasileiro da fome. Uma nação só é forte se o seu povo está nutrido. É um compromisso político e ético.

Ética e Liberdade

Libertar a sociedade da ideia de que o único valor a ser auferido da vida e das realizações humanas é aquele determinado pelo “mercado”. A ganância ilimitada traduzida pela busca incessante e sem trégua pelo rentismo.

O movimento Engenharia pela Democracia (EngD) foi criado há dois anos. Reuniu centenas de profissionais em todas as regiões do país na luta pela democracia e contra o ultraliberalismo.

Renovamos nosso compromisso de construir o 1º Fórum Nacional Engenharia pela Democracia com o tema “200+2 – Engenharia, Independência e Soberania” com o objetivo de criar um espaço permanente para as forças da engenharia desenvolverem um amplo diálogo social. Ainda neste ano, vamos lançar a TV EngD para dinamizar e ampliar os debates na sociedade.

Nesse contexto, no dia 17 de novembro serão realizadas as eleições para o Sistema CONFEA/CREAs. Pela primeira vez, 1,2 milhão de profissionais poderão votar digitalmente pela internet. A EngD estará ativa na discussão e no apoio a programas e candidatos vinculados às mudanças, democratização, modernização e transparência no Sistema.

Conclamamos a todos os profissionais da engenharia que se envolvam e participem deste processo eleitoral no sentido de se criar uma grande onda mudancista nos estados e no País, para superar este longo período de retrocesso e danos para a engenharia, aos profissionais e à sociedade que o Sistema implementou.

Nossa confiança neste dia 7 de setembro é que se possa animar uma ação sobre as oportunidades que se abrem para a reconstrução do País, numa caminhada histórica em que se possa impulsionar a construção das bases para um salto no desenvolvimento sustentável, inclusivo e soberano que atenda às necessidades do povo brasileiro.

Acesse e leia o PDF do Manifesto.

Movimento Engenharia pela Democracia (EngD)

 
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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP