Psicoterapia. Mil Porquês
Um pouco sobre TDHA e TEA.
Rita J. Leria Aires
São Paulo, Novembro de 2023.
1.8 Minutos
Pesquisas e dados insuficientes não autorizam informações precisas sobre o número de crianças em escolas públicas e privadas do país que apresentam os distúrbios e sintomatologia caracterizados no CID11. Sabemos que lá estão incluídos os ‘neurodivergentes‘, que são opostos aos ‘neurotípicos‘, ou em linguagem coloquial, popular os ditos “normais”.
Os dados fornecidos pelo IBGE sobre saúde são de 2019, e o sistema, de forma geral, sofreu uma parada político-ideológica que complicou muito um diagnóstico real do país. No entanto, informações recentes indicam, há melhorias com a retomada da normalidade democrática, as escolas e os serviços de saúde poderão ter bases mais sólidas.
A partir dos dados recolhidos, estudados e apresentados, podem-se criar protocolos seguros, a fim de agir e procurar intervir, a partir da identificação, de forma coerente e positiva nos casos apontados. Espera-se assim, que a Academia e os serviços públicos de saúde e pesquisas tragam as novidades.
AUTISTAS, INQUIETOS E DISPERSOS.
Com isso, poderemos nos aproximar do universo verdadeiro destas crianças e adolescentes de modo mais efetivo. Todas elas estão precisando de acompanhamento especial, em casa e fora dela, na escola e na sociedade, considerando-se que cada caso é único, cada família tem uma dinâmica própria e a escola deixou de ser exatamente aquela extensão do lar idealizada. Os tempos mudaram.
Inseridas neste microcosmo, no ambiente escolar, é da maior importância o qualidade do acompanhamento de profissionais praticantes de modelos coerentes e ações positivas tomadas por atendentes, gestão, professores e cuidadores.
Mas, não só o lado afetivo-carinhoso e alegre importam. Quero dizer com isso que um projeto pedagógico educativo e inclusivo, que contemple os diferenciais apresentados por estas crianças deve levar em consideração a proximidade com as famílias. E que estas possam interagir, sistematicamente, nos diversos eventos que as escolas devem promover durante o ano letivo.
Estreitar os laços de relacionamentos com os pais, com a comunidade e oferecer-lhes a oportunidade do diálogo. Praticar a comunicação, expor problemas, dialogar e buscar as melhores soluções compartilhadas. O olhar da sociedade sobre a escola ajuda e muito na construção e manutenção de uma ambiente saudável e produtivo. Todos ganham!
FAMÍLIA, PROFESSORES, GESTORES, COLEGUINHAS
Estes grupo de ação, pais, professores, escolas e comunidades encontra-se amparado pela linha de psicoterapia sistêmica que aplico em meu consultório. Assim, meus clientes, pais, professores, coordenadores e estudantes, têm acesso às minhas pesquisa e percepções factuais. Sempre feitas a partir de abordagens e entrevistas com todos, desde os coordenadores pedagógicos nas escolas, onde as crianças estão matriculadas.
O propósito é reconhecer o ambiente, o tratamento, o comportamento delas, como se dão estas relações com outros colegas, professores, aprendizagem, enfim as interações com o complexo onde estejam inseridos. Recolher impressões. Facilita muito entender as razões, os diagnósticos, e definir encaminhamentos necessários.
Quanto maior for esta interação entre os atores sociais envolvidos, mais rica será a dinâmica terapêutica aplicada e melhor será o diagnóstico e os efeitos das terapias indicados.
Há bons artigos que ajudam a entender melhor sobre estas questões delicadas. Acessem a revista AEscolaLegal e lá na busca escrevam TEA e TDHA. Contudo, para identificar qual o problema e buscar possíveis soluções é sempre bom observar antes a própria dinâmica familiar. Do uso excessivo de aparelhos celulares, pais demasiadamente ocupados com o trabalho, às atenções dedicadas, aos isolamentos uns dos outros, entre diversos fatores, nem sempre aparentes…
Rita J Leria Aires
Psicóloga – Psicoterapeuta – Individual, Família e Casal
