Ensino

A Maldição das Bruxas

Perseguidas durante parte da idade Média por serem ‘rebeldes’, ‘revolucionárias’ e avessas às práticas da igreja política que queria exercer o domínio sobre os países europeus do Ocidente, a partir de Carlos Magno (o unificador) e do papa Leão III, estas mulheres (e alguns homens) sofreram na carne o exercício do preconceito, da ignorância e do poder político-religioso da Inquisição.

Sandro Messikommer

São Paulo, 04/12 de 2020.

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Stein am Rhein, Schaffhausen, Suíça  – No castelo de Liebegg, o museu das bruxas ou Hexenmuseun (Hexen em alemão Suíço quer dizer: bruxas), há registros que mostram o lado nefasto e vergonhoso da idade média na Europa, e na Suíça, e foram registrados em fontes históricas primárias em dois museus, como mostra o HexenMuseun em Arau, e o Museu de Murten em Friburgo Suíça.

Documentos diversos registram a crueldade em fabricar bruxas com pessoas inocentes, e quebrar-lhes as pernas, arrancar-lhes as unhas, as esfolar e afogá-las em uma banheira. Atos cruéis usados para forçar a confissão de uma pessoa (maioria mulheres) a dizer “sim eu sou uma bruxa(o)“. Essa era a maldição das bruxas!

Estima-se que no intervalo dos séculos XV e XVIII, cerca de 30 e 60 mil pessoas foram acusadas, torturadas, julgadas e condenadas à morte, pelo suposto crime de bruxaria e executadas vivas em grandes fogueiras na Europa, entre elas 6 mil na Suíça, 300 só no cantão de Friburgo. Deste número calcula-se que 20% (1.400) eram homens.

A última mulher morta viva em grandes fogueiras aqui na Suíça, após ter sido acusada, torturada, julgada e condenada pelo (‘crime‘) de “bruxaria” foi Anna Göldi, executada em 1782 em Glaris.

Áreas coloridas mostram as regiões dos museus e dos fatos persecutórios

A Suíça tem o tenebroso recorde europeu de perseguição, tortura, julgamento e queima executória de mulheres chamadas bruxas, (Hexe) em Alemão. Catástrofes naturais, pragas e epidemias na crença político/religiosa do sacro império romano germânico eram enviadas por Deus (as bruxas eram seus vetores).

Era preciso punir os responsáveis, os culpando por magia, pactos com poderes inexplicáveis; e bastava uma mulher fabricar remédios com ervas e plantas, ser contra as políticas do império, ter uma vida ‘marginal’ ou rebelde, que declaravam ‘aberta a caça’ a essas pessoas, a verdadeira maldição das bruxas.

Imediatamente, fabricavam uma (Bruxa), mas, para condenar uma pessoa como bruxa(o) era necessário ter uma confissão, e os métodos usados no inquérito eram nefastos, como mostram os documentos do HexenMuseun em Arau e o Museu de Murten em Friburgo. Além dos métodos de confissão acima citados afogá-las em uma banheira também era muito usado.

Sandro Messikommer

Doutor em Ciências da Fenomenologia das Religiões – International School of Theology Antioch.
Relações Internacionais – UCB

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Redação

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