Estudos não muito recentes mostraram que partilhamos em torno de 3% do nosso DNA com as Drosophilas Melanogaster, e uns 7% com os chimpanzés. Não é de espantar, portanto que golfinhos, não importa-lhes o tamanho, das toninhas às orcas (erroneamente chamadas de baleias assassinas) sejam capazes de se manifestar com a presença humana em seus habitats.

Ricardo Guedes

Belo Horizonte, 07/07/2023

1,6 Minutos.

Matéria recente indica que as orcas começaram a atacar o leme de embarcações na Península Ibérica desde 2020, já expandindo pelos mares até a Escócia. Vão direto ao leme das embarcações, interrompendo sua dirigibilidade.

Segundo estimativas recentes, o ser humano conta com 16 bilhões de neurônios, baleias 12 bilhões, orangotangos e gorilas 9 bilhões, chipanzés 7 bilhões, golfinhos 7 bilhões, elefantes 6 bilhões, cães 500 milhões. E nós bem sabemos o quanto os nossos cães são inteligentes.

Orcas são da família dos golfinhos, e têm sido incisivas em suas ações. As hipóteses vão da revolta contra a invasão de seu habitat ao modismo por parte das orcas. Sabemos que alguns grupos de macacos fazem uso de instrumentos como pedras para quebrar o coco para a alimentação, em ação intencionalmente racional, como nós, humanos, tidos como homo sapiens. A hipótese de que seja a revolta das orcas contra a invasão e deterioração de seu meio ambiente com a ação intencional racional de parar as embarcações é lícita, inspirativa de sua explicação. São ações que miram o leme das embarcações, nitidamente intencionais.

Orca nadando livremente. (Img Web)

A ‘Revolta’ das Orcas

É inacreditável que o homem não tome as providências para a terrível crise ecológica que se inicia. Devido ao aquecimento global, até 2050 estima-se que a produção agrícola pode cair 25%. Até 2.100, a temperatura pode subir em até 2ºC, e o nível do mar subir em até ½ metro invadindo grande parte dos litorais. A Europa e os Estados Unidos têm recordes de temperatura. O mundo bateu o recorde de temperatura neste ano desde o começo de sua medição.

A lógica do crescimento econômico para a acumulação e o atendimento crescente das demandas sociais é irascível em relação à crise ecológica. Ambos vão desabar perante a crise do meio ambiente, com sérias consequências para o homem e as sociedades.

Parece que estamos atrás das orcas nas manifestações sobre a deterioração do meio ambiente.

Ricardo Guedes – Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus