EnsinoMulherRecentesSociedade

As Negras das Américas do Sul e Central

Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: para celebrar dia 25/7, Criativos da Escola compartilha lista de projetos feitos por estudantes. Uma das iniciativas tem como objetivo promover o letramento de alunos e docentes sobre questões raciais por meio de debates e produções audiovisuais. 

Redação

São Paulo, 26/07 de 2021.

1 Minuto

25 de julho é o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data que simboliza a resistência e a luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.

No Brasil, a data faz referência à Tereza de Benguela, quilombola, rainha e chefe de estado, que viveu no século XVIII no Vale do Guaporé, e líder do Quilombo de Quariterê, no estado do Mato Grosso, que resistiu da década de 1730 até o final do século.

Para celebrar a data, o programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, lista cinco projetos de estudantes que estão transformando a realidade de meninas e mulheres negras no país e foram premiados e finalistas no Desafio Criativos da Escola. O destaque vai para Filhas de Dandara, iniciativa protagonizada por alunas do Instituto Federal de Minas Gerais, em Ribeirão das Neves (MG), que visa promover discussões sobre letramento racial por meio de debates e produções audiovisuais.

A ideia surgiu com o intuito de mobilizar os colegas da escola e debater sobre as questões raciais tanto para o corpo docente, quanto para os estudantes e moradores da comunidade. O projeto visa estimular que alunos negros se entendam como tais e que os não-negros revejam aspectos dos privilégios que usufruem a partir de situações na escola e em outros espaços próximos.

Mulhers negras das Américas do Sul e Central
Dia da Mulher negra da América do Sul e do Caribe.                                                        Tereza de Benguela (Img. Internet)

O objetivo é que as pessoas possam construir discursos sobre questões raciais, identificar como o racismo age no cotidiano e contribuir com a luta antirracista.

Quando for possível e seguro, o grupo pretende realizar encontros quinzenais para continuar debatendo sobre a pauta racial e também sobre discriminação entre classes sociais. As estudantes planejam produzir conteúdos audiovisuais e um documentário com artistas pretos da cidade de Ribeirão das Neves, para levar o debate para fora dos muros da escola e, assim, chegar a outras pessoas da região.

Confira outras quatro ações que estão falando sobre relações raciais no Brasil!

África Novos Olhares , da Escola Técnica Estadual de Monte Mor, em Monte Mor (SP)

Estudantes apresentam o continente africano em sua diversidade e riqueza culturais e históricas sob uma nova perspectiva. Além de colaborar para a efetivação da Lei 10.639/03, o grupo possibilita que as pessoas conheçam mais sobre os 54 países que fazem parte da África a partir de uma perspectiva não colonial.

Chama Preta , do Colégio Estadual de Rio do Antônio, em Rio do Antônio (BA)

Alunos promovem lives para discutir sobre o racismo na nossa sociedade. Com os encontros “Vozes que apretecem”, os adolescentes têm criado espaço para falar sobre planos para o futuro, angústias, mercado de trabalho, por exemplo, sob a perspectiva das pessoas negras, e também têm provocado a população da cidade a pensar sobre a questão racial.

Dice, será que a sociedade ainda não entendeu , da Escola Estadual de Educação Profissional Edson Queiroz, em Cascavel (CE)

A literatura de cordel serviu como ferramenta de aproximação das estudantes com a comunidade para falar sobre a questão de gênero. A iniciativa cria ações e debates sobre o feminismo, atuando na própria escola e também na comunidade do entorno.

Movimento Meninas Crespas , da Escola Casa Emancipa Restinga, em Porto Alegre (RS)

Depois de presenciarem casos de racismo com uma colega dentro da escola, estudantes se reuniram com o professor para conversar sobre a importância de exaltar sua negritude. Elas sentiram que deveriam fazer algo para combater as inúmeras “brincadeiras” racistas que vivenciavam por conta da textura de seu cabelo ou da cor de sua pele.

Compartilhar

Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

Fechado para comentários.