Bioeconomia no Nordeste
Tecnologia de ponta e novos produtos: os avanços do projeto Impacta Bioeconomia.
Nordeste brasileiro confirma tendência de polo de desenvolvimento autossustentável.
Equipe da Sudene visitou laboratórios que serão utilizados para experimentos e pesquisas de insumos de origem natural típicos da caatinga
Redação
Petrolina (PE) – 13/06/2024
1,7 Minuto.
Quem tem a oportunidade de viajar pelo interior do Nordeste e observar a paisagem típica da caatinga, talvez não possa imaginar que este bioma é capaz de sustentar uma enorme cadeia produtiva que envolve alta tecnologia e muita inovação. Os processos envolvidos na produção de medicamentos a partir de insumos típicos deste território foram conferidos de perto por uma equipe da Sudene durante visita técnica realizada à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). A instituição de ensino superior é parceira da autarquia no Impacta Bioeconomia
Os coordenadores da Sudene Beatriz Lyra e José Farias foram recebidos pelo professor do Colegiado de Farmácia da Univasf, Jackson Guedes. Deste modo, o objetivo do encontro foi demonstrar a infraestrutura que será utilizada para pesquisar produtos fitoterápicos, dermatológicos, cosméticos e de suplemento alimentar a partir do maracujá do mato, do licuri e do umbu.
A equipe esteve presente nos laboratórios do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais (Neplame) da universidade. Na unidade de Bioquímica, serão realizados os procedimentos de extração e isolamento dos princípios ativos de origem vegetal. Nas instalações do laboratório de Fisiologia, ocorrem experimentos para avaliação da atividade farmacológica das plantas medicinais.
Frutas da caatinga – doces e remédios
![Bioeconomia no Nordeste](https://aescolalegal.com.br/wp-content/uploads/2024/06/frutas-sudene.jpg)
Também foram visitados os laboratórios da Central de Análise de Fármacos, Medicamentos e Alimentos (CAFMA), que possui equipamentos como infravermelho, ultravioleta, cromatografia líquida de alta eficiência e ressonância magnética nuclear (RMN). Porém, este equipamento é o único dessa natureza instalado no interior do Nordeste. (n.e.: mais investimentos são necessários). “Entretanto, ele nos ajuda a avaliar a composição química dos extratos para relacioná-la com os princípios ativos que compõem os medicamentos que poderão se originar a partir desta pesquisa”, explicou o professor Jackson Guedes.
Além de fármacos, o Impacta Bioeconomia poderá identificar o potencial de desenvolvimento de itens das indústrias de cosméticos e alimentícia a partir de insumos típicos da caatinga. “Portanto, a tendência de mercado é retirar da composição dos produtos os sintéticos como sulfatos, conservantes, silicones e incorporar óleos vegetais, que são naturais. Uma das matérias-primas que iremos estudar é o do maracujá”, destacou Guedes. Desta maneira, a casca deste fruto pode ser transformada em farinha, que funciona como um suplemento alimentar. Além disso, outro insumo a ser pesquisado é o licuri, também conhecido como coco catolé, que pode dar origem a produtos dermatológicos e para higiene dental.
Pesquisas sérias de futuro
O Impacta Bioeconomia conta com R$ 553 mil em investimentos da Sudene. Além da Univasf, a iniciativa conta com a participação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Complexo Econômico Industrial da Saúde (iCeis). Para o início do projeto, a rede conta com a parceria das cooperativas Coopercuc (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá), localizada na Bahia, e a Cooates (Cooperativa de Trabalho Agrícola, Assistência Técnica e Serviços), de Pernambuco.
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