China é Bem-Sucedida
- agosto 29, 2024
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O mercado não se controla por si só. Defender esta ideia é querer controlar o dia e a noite. O Estado é necessário. Mas, tem de haver equilíbrio.
O mercado não se controla por si só. Defender esta ideia é querer controlar o dia e a noite. O Estado é necessário. Mas, tem de haver equilíbrio.
Ela é um Socialismo de Mercado ou Capitalismo de Estado?
Fernando Nogueira da Costa
Desenvolvimento
Abordagem Desenvolvimentista – Estratégica
Campinas, São Paulo – 29/08/2024
2 Minutos.
A China é vista como uma experiência de socialismo real bem-sucedida devido a uma série de razões. De fato, há um consenso a respeito da importância das reformas econômicas iniciadas em 1978 sob a liderança de Deng Xiaoping.
Entretanto, essas reformas introduziram elementos de economia de mercado dentro do planejamento socialista, permitindo maior flexibilidade econômica. Assim, a política de “Reforma e Abertura” incluiu a criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), onde o investimento estrangeiro e as práticas capitalistas foram incentivados.
Ou seja, romper com o mito de abolição do mercado é um pré-requisito para a transição socialista. Ora, “mercado” é o processo de interação humana de troca voluntária de bens e serviços, onde se indica, através dos preços relativos, as necessidades específicas (ou demandas) de cada setor de atividade ou agrupamentos sociais de uma imensa sociedade diversificada, inclusive em termos regionais.
As reformas descentralizaram a tomada de decisões econômicas, dando maior autonomia às empresas estatais e permitindo a criação de empresas privadas e cooperativas. Isso estimulou a produtividade e a inovação.
Foram realizados investimentos massivos em infraestrutura, como transportes, energia e telecomunicações para criar uma base sólida para o crescimento econômico. Por outro lado, o governo chinês também investiu pesadamente em educação. Finalmente, criando uma força de trabalho qualificada e preparada para as demandas de uma economia industrializada com transferência de tecnologia estrangeira.
As políticas de abertura ao Investimento Estrangeiro Direto (IED) e a criação de um ambiente regulatório mais favorável atraíram empresas multinacionais. Como contrapartida da exploração do imenso mercado interno, trouxeram capital, tecnologia e práticas de gestão modernas.
A China se tornou a “fábrica do mundo” ao desenvolver uma base industrial robusta. O foco inicial em indústrias de mão-de-obra intensiva ajudou a criar empregos e reduzir a pobreza.
Fernando Nogueira da Costa – Prorfº. Dr. Titular Inst. Economia UNICAMP
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