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Para todos os lados, o que se lê na Web está relacionado à busca de conteúdo, como se IA, os robôs e a machine learning estivessem ditando (ditar – ditador – ditadura) para os usuário: produzam, precisamos nos alimentar de seu conhecimento, de suas emoções, seu jeito de ser. Mas, por que?

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São Paulo, 09/02 de 2022.

1 Minuto

Vamos sair da ficção. Um pouco. No mundo animal e vegetal, visível ou não, o que importa ao estar vivo (vida biológica) é poder realizar com o menor dano possível, de forma equilibrada, constante e enquanto dura, o processo da alimentação, a busca por nutrientes que apoiam e desenvolvam o indivíduo, seu crescimento.

O que está implícito neste processo de desenvolvimento é a possibilidade da sustentabilidade. Ou seja, se o indivíduo encontra alimento e condições satisfatórias (meio ambiente favorável) ele evolui e pode realizar as suas funções biológicas para as quais foi gerado, destinado ou programado (escolha um termo).

No caso da espécie animal Homo sapiens (já estão acrescentando mais um sapiens à taxonomia usual – quais as diferenças mesmo?) os alimentos e as condições do meio são suficientes para que cresça e se desenvolva, adquira uma boa conformação estrutural – sistemas, órgãos e tecidos funcionais, evolua e se reproduza. E no caso da reprodução o raciocínio é lógico é pragmático: ocupar o maior espaço possível (e de acordo com suas possibilidades intrínsecas) com os seus descendentes. Competitividade, certo? Isso é possível quando a matriz é boa, dinâmica, rica, em resumo, tem uma excelente capacidade de se adaptar a partir de sua inteligência natural – integração e trocas com outros da mesma espécie, ou de espécies diferentes. Ah! pode pensar em acumulação primitiva de capital, claro! Não se pode escapar à dialética científica. Ou então aguarde os alienígenas!

A humanidade mostrou esta capacidade. Reparou na quantidade de animais e vegetais com os quais nos relacionamos de forma a nos manter vivos, alimentados e com capacidade reprodutiva?

O que estamos fazendo?

Apesar de toda esta capacidade já demonstrada há milhares de anos,  desde que surgimos como espécie e evoluímos no planeta, todos os indicadores que se utilizam desta mesma capacidade analisam e nos mostram que já fomos além, ultrapassamos os limites, avançamos o sinal e vamos colidir em uma provável situação de confronto. Um ponto de não retorno. A questão é: continuamos ou paramos, pensamos e reorganizamos o quadro caótico em dissolução?

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Inteligência artificial…Mas, e a emocional? (Img Fiapo)

Continuamos, sim, mas não na mesma direção, talvez também não no mesmo sentido. Sou um otimista, mas realista! Isso quer dizer que queremos um futuro menos destrutivo, menos invasivo, mais integrado, porque há 2 paradigmas se impõem e podem ser ao mesmo tempo excludentes: vida com segurança e liberdade ilimitada.

Você pode se questionar: e a Liberdade tem limites? Bom, você é livre para pular de um prédio de 150 andares com um paraquedas, se e somente se o equipamento, a ferramenta te oferecer absoluta segurança e a garantia de que vai te levar até o chão sem grandes problemas. Opa! Mas, você quer 100% de segurança e garantias? Fantasia. Faça a sua escolha. Mais projetos, mais análises, mais decisões…

Este paradoxo, fruto exclusivo dos paradigmas propostos é, de fato, bastante comum. Irônico por natureza, nos acompanha enquanto desafio – esfinge – desde os primórdios da nossa era. Pense: “nascemos pelados e no escuro, sem dentes…!” Mas, foi por isso que sobrevivemos. A segurança que nos foi dada, oferecida pelos que querem continuar e realizaram enormes esforços neste sentido.

Estudamos, aprendemos, apreendemos, evoluímos, transmitimos e logramos construir uma sociedade baseada em valores. Justiça social, solidariedade, a ideia do amor, da irmandade, da nacionalidade, vários atributos importantes e caros que de tão explorados tornaram-se tóxicos. Inclusive, segurança e liberdade. E os viciados e traficantes estão por aí, nos empurrando as suas drogas! Das guerras às doenças e tudo mais. Eis uma lista pequena delas começando pelo seu maior medo:  a) desemprego – b) perder o carro e o apartamento – c) ficar gripado e não ter como se tratar – d) perder alguém da família – e) não poder criar seus filhos – f) acabou a ração de seu pet e/ou estar sem internet.
Você pode inverter esta sequência de acordo com sua disposição psíquica.

Um desafio constante que nos coloca frente a outras questões: qual é o propósito mesmo? Ah! Mas, isto já e filosofia?! Afinal, aqui é Brasil e estamos aqui para ganhar dinheiro, trabalhar (99,9% das vezes para outros, para um patrão, uma empresa, uma transacional, em home office etc…) e comprar bens “duráveis” – quero dizer, duráveis enquanto estamos vivos ou não acaba a energia elétrica… Aí teremos de sair às ruas, mais uma vez e quem sabe recomeçar. Como? A inteligência artificial virá nos salvar?

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                                                               Para onde a espécie humana irá nos próximos 100 anos? (Arte: AEL)

Agora alguns peço minutos para que possa pensar e responder nos comentários.
* Você está vivendo para que mesmo?:
a) não sei
g) não me interessa saber
l) porque deus quis
q) culpa dos meus pais
y) o que você tem a ver com isso?

Volmer Silva do Rêgo
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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP