Destruição Inovadora aplicada a Trump
- abril 10, 2025
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Enquanto piranhas e tubarões se devoram no aquário oval da Casa Branca Fernando Nogueira da Costa Campinas, São Paulo – 10/04/20253.4 Minutos. A ideia de “destruição inovadora” aplicada
Enquanto piranhas e tubarões se devoram no aquário oval da Casa Branca Fernando Nogueira da Costa Campinas, São Paulo – 10/04/20253.4 Minutos. A ideia de “destruição inovadora” aplicada
Campinas, São Paulo – 10/04/2025
3.4 Minutos.
A ideia de “destruição inovadora” aplicada a Donald Trump se inspira no conceito de “destruição criativa” do economista Joseph Schumpeter. O tema refere-se a um movimento dialético de destruição e criação simultânea de novas realidades, neste caso, geopolíticas e econômicas.
[N.E.: Estaria Trump querendo propor um Socialismo à americana para os EUA?]
José Luís Fiori argumenta toda situação hegemônica ser transitória e autodestrutiva, pois o próprio líder hegemônico acaba descartando as regras e instituições as quais ajudou a criar para continuar se expandindo e acumulando mais poder.
No contexto do governo Trump, a “destruição inovadora” se manifesta como uma resposta à percepção de declínio do poder americano, seguindo um padrão histórico no qual os EUA, diante de reveses, destroem a ordem mundial estabelecida para manter sua primazia. As primeiras medidas de Trump são caracterizadas como defensivas, como sua política econômica mercantilista e a proposta de uma “barreira balística”.
No entanto, o mais importante da “destruição inovadora” de Trump é o seu ataque avassalador e destrutivo contra as regras e instituições da ordem internacional construída pelos próprios EUA. É a sua resposta à crise dos anos 70 do século passado e aos vestígios da ordem mundial pós-Segunda Guerra, como as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança.
Fernando Nogueira da Costa – Drº Profº IE UNICAMP
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[N.E.¹ – De fato, a ideia da destruição inovadora não é exclusiva de Schumpeter. O compositor alemão Richard Wagner já a propusera no ‘organum’ de sua obra sinfônica e teatral. Mesmo antes, no tesouro folclórico e mítico dos povos germânicos e vikings, embutida na ideia do Ragnarock, na mitologia mesopotâmica, semítica, grega e persa já a tinham , de certo modo, descrito: o eterno retorno, o dilúvio por exemplo a contém em seus descritivos.]
[N.E².: Não se enganem, porém, aqueles que imaginam ser Trump um revolucionário do bem. Pelo contrário, ele já deixou claro que trabalha pela manutenção do status quo plutocrata/aristocrático (oligarquias e setores corporativos) ou seja, o poder para os ricos detentores de capital e meios de produção. E fará isso para satisfazer, além dos seus desejos pessoais, a sanha egoísta dos grandes milionários norteamericanos, sejam do capital produtivo, do financeiro especulativo, da indústria bélica, da pesquisa e da inovação.
São nomes bonitos para um grupo “organizado e secreto” que já predomina sobre grande parte do mundo ocidental. É possível entender melhor este poder ao conhecê-lo pelos seus nomes e áreas de atividade: Ind. químico-farmacêutica – Ind. do agrobusiness – Ind. da Informática e Computação (controle da mídia/informação).
* Ind. da Energia/renovação (biocombustíveis) – Ind. da mineração (metais e combustíveis fósseis) – Ind . da trasformação – Setores varejistas/comércio – financeiros – serviços (entretenimento, linguagem, cultura).
Desta base sólida, concentradora de capital e poder político, portanto excludente, expandem-se milhares, milhões e bilhões de médias e grandes empresas e pessoas. Se para isso tiver de invadir e destruir países, populações e economias mais frágeis, ele seguramente o fará.]