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Eleições Paulistana 2024

A vaga de Prefeito na capital do estado mais rico da União é disputadíssima. Nas pesquisas feitas sobre os candidatos postulantes ao cargo, até agora a candidatura a reeleição do atual prefeito anda capenga. Dentre os outros, destacam-se 3 com potencial para alcançar o “pódium”. Entretanto, deles apenas 2 apresentaram e têm algumas propostas e ideias e dizem a que vem.

Redação

No dia anterior a esta edição aconteceu um programa de entrevistas (mais um) com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, atual deputado federal pelo mesmo partido. Desta feita, na TV Cultura programa Roda Viva, que cumpre uma função jornalística, digamos progressista, e se apresenta como baluarte queridinha da media e teoricamente esclarecida-tradicionalista burguesia urbana da capital.

Para entrevistar o candidato se reuniram a “nata” dos entrevistadores abençoados pelos próceres dos jornalões das famílias bilionárias da cidade, sob a coordenação de uma prata da casa – Vera Magalhães – democrata assumida, até a página 2. Por sua vez, obviamente orientada para não ser nem um pouco simpática com o entrevistado, o que não lhe foi difícil obedecer. Seu desgosto era patente.

A sua frente um candidato que luta por conquistas de direitos suprimidos das minorias mais exploradas da grande cidade: aqueles que não tem onde morar. Não mereceu sua simpatia. Bem diferente de quando outros personagens menos espinhosos sentam-se no meio do palco.

Os ataques à pessoa, as referências aos outros candidatos, as tentativas de enevoar o ambiente para não deixa-lo a vontade, a frieza e sisudez com que lhes dirigiam as perguntas (calculadas para funcionarem como armadilhas), as tentativas de jogarem coisas num liquidificador que não se misturam para extrair do fundador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), um momento de deslize e/ou fraqueza, indecisão, que fosse. “Em defesa dos profissionais, é assim que, em tese, devem agir com candidatos.”

O que diz uma analista

Por estar envolvido em uma das demandas sociais mais urgentes da cidade, em que os cidadãos das classes C, D, E ficam de fora ou muito longe das benesses dos jardins e do olhar mais cuidadoso do capital – a questão da casa própria a partir da ocupação de prédios abandonados, luta que o alçou a posição atual, entre outras – é, por si só um divisor ideológico, fundamentalmente econômico. Propriedade é um os dois pilares mais resistentes da aventura colonialista, separatista, elitista da burguesia proprietária paulista.

Só isso é mais do que suficiente para cerrar fogo contra a sua candidatura – de esquerda – além do fato de ter o presidente Lula como seu cabo eleitoral . Curiosamente, nenhum dos outros candidatos apresentou propostas neste sentido (de fato, não as têm) ou qualquer outra nas áreas de segurança alimentar, física e patrimonial (GCM), moradia, educação de base (creches) saúde, funcionalismo, mobilidade, infraestrutura que atenda às necessidades das pessoas especiais, zeladoria, zoneamento, impostos e serviços. Ou seja, o que deve ser debatido entre os que querem ocupar o cargo de prefeito.

Os outros candidatos estão lá para brigar, agredirem, falar mal uns dos outros, jogar mentiras nas redes sociais e conquistar likes… É nisso que se resume a Política e a disputa eleitoral de Sampa?

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

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