16/05/2025
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Fernanda Torres

  • janeiro 10, 2025
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Cinema deveria ser popular no fazer e no transmitir. Mas, é fruto de uma indústria cultural bilionária, para muito poucos e está longe de ser fácil. Felizmente, os

Fernanda Torres

Saindo um pouco do futebol – resumo popular distorcido de um palco de interesses econômicos e estranha acumulação de riquezas, o Brasil ganha notoriedade com o Cinema baseado na Literatura e na realidade política do país. Ainda estamos aqui é um alerta de duplas e variadas mãos.

Fernanda Torres
Ricardo Guedes

Fernanda Torres trouxe-nos o que há de mais importante para nós, o esplendor de nossa “brasilidade”, tão expressa por Roberto DaMatta em seu livro O que faz do brasil, Brasil!” O primeiro Brasil com b minúsculo, de nossa economia e sociedade, o segundo com B maiúsculo, de nossa arte, da música, do Carnaval e do futebol, que unem o Brasil naquilo que ele tem de melhor.

Lindolfo Paoliello, exímio jornalista e intelectual Mineiro, ex-Presidente da Associação Comercial de Minas Gerais, com atuação na área de Consultoria de Comunicação Corporativa, indica apropriadamente, a necessidade de se enfatizar também a Walter Salles. Este que atendeu em seus estudos à University of South California em Cinematic Arts, ganhador de vários prêmios: Urso de Ouro em Berlim – 1997 ; Globo de Ouro em 1998, com o filme “Cidade de Deus”, com Fernanda Montenegro. Loas também a Marcelo Rubens Paiva, autor de2 best sellers: “Feliz Ano Velho” e “Ainda estou aqui”, (3 prêmios Jabuti.)

Em verdade, Lindolfo Paoliello chama a atenção para a “escola”, ou “movimento”.

A Arte Dramática no Brasil tem como referência a criação da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo em 1948. Há algo de Bertolt Brecht na Arte Dramática brasileira. Diferente do “drama” no restante da América Latina, excessivamente dramático; do “drama” no mundo Anglo-Saxão, excessivamente enfático; e do “drama” Francês, excessivamente intelectualizado.

O “drama” no Brasil é comedido, estupefato.

Na ansiedade do pouco entender, no receio não compreendido do mundo, mais próximo do “drama” Alemão. É o “pasme”, que tanto vemos nos rostos da nossa população, e que se encaixa no mundo de hoje, plenamente. Fernanda Torres é a “prima donna”, no mundo, no ensejo deste “papel” atual. É um funil, é verdade, mas que tem um cone por debaixo. Fernanda Torres ganha o seu Globo de Ouro!

Da Escola de Arte Dramática da USP saíram grandes artistas, como Ney Latorraca, Aracy Balabanian, Francisco Cuoco, Glória Menezes, Juca de Oliveira, dentre tantos. Juntos com a Escolas de Teatro do Rio de Janeiro, como a Companhia Maria Della Costa, O Tablado, e o Teatro Brasileiro de Comédia, de São Paulo, dentre outras, formou-se a Arte Dramática brasileira. Teve como palco e escola as novelas da Rede Tupi e da TV Globo, fundamentais em seu desenvolvimento. No que saudamos a todos e a todas! Fernanda Montenegro e Fernanda Torres são as líderes e o corpo deste “movimento”.

Ao nosso teatro, cinema, música, arte, literatura e esporte, a tudo que nos comove e nos une. Fernanda Torres traz-nos a esperança.

Ricardo Guedes – Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago.
Autor do livro “Economia, Guerra e Pandemia: a Era da Desesperança

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